Olá, moms!
Tudo bem?
Com o verão se aproximando, os casos de “olho de peixe” começam a crescer. Muitas mães ficam preocupadas com aquela verruga que aparece geralmente nos pés.
Para falar um pouco mais sobre o assunto, a nossa colunista e dermatologista, Dra. Juliana Macéa, fez um texto super explicativo para nenhuma mom se desesperar ao ver um olho de peixe em seu filho!
Confiram!
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O que é o “olho de peixe”?
“-Dra Juliana, eu não sei o que é isso, mas me falaram que pode ser olho de peixe”. Começar uma consulta infantil ouvindo essa frase dos pais é muito comum no consultório. Mas afinal, o que é olho de peixe?
O chamado olho de peixe é um termo popular para se referir ao tipo mais comum de verruga plantar, ou seja, uma verruga na planta dos pés. Como outras verrugas, ela é uma lesão benigna, mais comum em crianças e adolescentes e causada por alguns subtipos de papilomavírus (HPV). A transmissão ocorre na maioria das vezes de forma direta quando se pisa descalço em áreas de muita circulação de pessoas como piscinas ou academias esportivas, por exemplo.
A verruga plantar tem algumas particularidades em relação às localizadas em outras áreas. Geralmente ela causa dor ao pisar e seu tratamento costuma ser mais demorado. Isso porque o peso do corpo limita o crescimento da verruga “para fora da pele” e ela vai sendo pressionada e se aprofundando. Muitas vezes a lesão parece ser pequena mas, quando retiramos a pele superficial com uma lâmina ou cureta, observamos que ela pode ser muitas vezes maior na profundidade como a ponta de um iceberg.
Em minha opinião, não existe um tratamento que seja o melhor e há casos em que a lesão desaparece espontaneamente. Cada caso deve ser avaliado de acordo com o número e tamanho das verrugas, grau de cooperação e rotina de atividades da criança. Eu acho que vale a pena começar com uma opção terapêutica menos dolorosa e dentre as que eu mais utilizo, destaco:
– Aplicação de ácido de efeito esfoliante em casa. Deve ser feita toda noite, sendo necessário ocluir a verruga e desbastar a lesão com uma lixinha pela manhã. Pelo menos um mês de tratamento costuma ser necessário.
– Aplicações quinzenais de ácido nítrico fumegante ou outros ácidos no consultório. Esses ácidos são mais fortes do que o que se pode usar em casa. A vantagem é que não causam dor, mas podem ser necessárias algumas sessões até a cura.
– Crioterapia, que é o congelamento da lesão com um spray de nitrogênio líquido. Causa desconforto na hora – e às vezes até depois – por conta da formação de uma bolha. A vantagem é que geralmente requer menos sessões do que o tratamento com os ácidos.
– Laser de CO2 para remoção mecânica e térmica da lesão.
– Puncturas ou mesmo injeção de bleomicina em casos muito resistentes. Minha última opção pelo desconforto.
Espero ter ajudado.
Um abraço,
Dra Juliana Macéa.
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Dra. Juliana Macéa
Instagram: @juliana_macea
Curei o meu em menos de uma semana. Fiz 3 vezes ao dia curativo com uma pastinha de meio comprimido de ácido acetilsalicílico e água, uma consistência grossa. Sarou muito rápido e sem dor.