Sabemos que existem muitas dúvidas referente ao calendário de vacinação não apenas para os bebês, mas também para as mães durante a gravidez. Então, venha entender!
Olá, Mamães e Papais. Com o aniversário de 50 anos do Programa Nacional de Imunização (PNI) brasileiro em 2023, referência mundial na área da saúde, não podíamos deixar passar a necessidade de reforçar um tema extremamente importante para mães e crianças: a vacinação durante a gestação.
Segundo dados da Fundação Santa Casa, 4 (quatro) vacinas fazem parte do calendário da gestante: as contra hepatite B, contra a gripe, contra a Covid e a vacina contra a influenza.
“Além destas, não podemos esquecer de alertar as grávidas a fazer a DTPa após a 20a semana de gestação, que protegerá o bebê contra coqueluche nos primeiros 2 meses de vida,” lembra Dr. Paulo Telles – Pediatra e Neonatologista.
A vacinação durante esse período é uma medida de saúde pública fundamental para a proteção tanto da mãe quanto do futuro bebê.
Quando uma gestante é vacinada, ela reduz o risco de contrair doenças potencialmente graves que poderiam afetar sua própria saúde.
Assim como, contribui para a formação de anticorpos que serão transferidos para o bebê, oferecendo uma camada inicial de defesa para a criança após o nascimento.
Esse é o caso da vacina contra o vírus da hepatite B, que, ao ser administrada na gestante, previne a transmissão vertical do vírus para o recém-nascido. Este é um aspecto vital, considerando que a infecção nos primeiros meses de vida pode levar a complicações crônicas graves.
Além disso, a adesão ao calendário vacinal básico durante a gravidez, disponível nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o Brasil, é essencial para o cumprimento das diretrizes de saúde pública.
O espectro de proteção que as vacinas oferecem abrange doenças como a gripe e a coqueluche, que podem ter complicações sérias tanto para a mãe quanto para o bebê.
As vacinas aprovadas para gestantes passam por rigorosos processos de avaliação de segurança e eficácia. Assim, garante-se que o ato de vacinar seja além de um ato de autocuidado, um gesto de amor e proteção ao filho que está por vir.
Importância calendário de vacinação durante a gravidez
A vacinação durante a gravidez visa prevenir complicações sérias e potencialmente fatais que podem ocorrer durante a gestação e nos primeiros meses de vida do recém-nascido.
Ao receber vacinas específicas durante a gravidez, a mãe se protege diretamente contra infecções, como a gripe e o tétano. Essas vacinas contribuem para a transferência de anticorpos para o bebê por meio da placenta.
Essa transferência confere ao recém-nascido uma proteção temporária contra doenças específicas nos primeiros meses de vida, período em que o sistema imunológico do bebê está em desenvolvimento.
Além disso, a imunização materna pode reduz o risco de complicações neonatais, como infecções respiratórias graves, proporcionando um início mais saudável para a vida do bebê.
Certas vacinas, como a tríplice viral “que não podem ser tomadas durante a gestação. mas, devem fazer parte do calendário de toda mulher antes de engravidar são essenciais para prevenir doenças que podem afetar o feto intraútero e causar doenças congênitas graves como a rubéola”, completa Dr. Paulo.
A vacinação durante a gravidez desempenha um papel crucial na prevenção de epidemias congênitas, como a síndrome da rubéola congênita.
Ao vacinar gestantes, contribui-se para a criação de uma barreira de imunidade na comunidade, protegendo a gestante e seu bebê, assim como outros grupos vulneráveis.
A vacinação durante a gravidez é uma estratégia preventiva fundamental para garantir a saúde da mãe e do recém-nascido, oferecendo proteção imediata e a longo prazo contra diversas doenças infecciosas.
A consulta regular ao profissional de saúde é essencial para garantir que a gestante receba as vacinas recomendadas, adaptadas ao seu histórico médico e às condições específicas de sua gravidez.
Confira a lista de imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional
O Ministério da Saúde lista 20 (vinte) imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação. Estes são oferecidas a um público que vai de crianças (desde recém-nascidos) a idosos, incluindo gestantes. São eles:
- BCG
- Hepatite B
- Penta
- Pólio inativada
- Pólio oral
- Rotavírus
- Pneumo 10
- Meningo C
- Febre amarela
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela)
- DTP
- Hepatite A
- Varicela
- Difteria e tétano adulto (dT)
- Meningocócica ACWY
- HPV quadrivalente
- dTpa
- Influenza (ofertada durante Campanha anual)
- Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23)
O Dr. Paulo Telles ainda antecipa que: “neste próximo ano ainda teremos boas notícias. A ANVISA deve aprovar também a vacina contra vírus sincicial respiratório, que ajudará na proteção dos bebês nos primeiros 6 meses de vida contra a temida bronquiolite.”
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Conheça mais sobre o Calendário Nacional de Vacinação
O calendário de vacinação é uma programação elaborada pelos órgãos de saúde de um país para orientar a administração de vacinas de forma sistemática e eficaz, visando a prevenção de diversas doenças infecciosas.
Ele especifica quais vacinas devem ser aplicadas em diferentes faixas etárias, considerando características epidemiológicas, idade, riscos de exposição e vulnerabilidades específicas de determinados grupos populacionais.
No contexto do Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação é estabelecido pelo Ministério da Saúde. Ele é uma ferramenta fundamental para garantir a imunização da população contra diversas doenças.
Este calendário é dinâmico e pode sofrer alterações de acordo com mudanças epidemiológicas, introdução de novas vacinas, avanços científicos e avaliações contínuas de eficácia e segurança.
As vacinas incluídas no calendário visam prevenir uma variedade de enfermidades. Desde aquelas que afetam recém-nascidos, como a BCG (tuberculose) e a Hepatite B, até aquelas destinadas a idosos, como a vacina pneumocócica 23-valente.
Entre as doenças alvo das vacinas, estão o sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, hepatite, febre amarela, difteria, tétano, coqueluche, meningite, entre outras.
Dessa forma, o calendário vacinal protege indivíduos contra doenças específicas e contribui para a diminuição da circulação de agentes infecciosos na população em geral, promovendo a chamada imunidade coletiva.
A adesão à vacinação conforme o calendário é fundamental para alcançar esses benefícios e proteger a saúde pública.
Por fim, vale ressaltar que a vacinação durante a gravidez também é uma parte importante do calendário, proporcionando proteção tanto para a mãe quanto para o bebê.