As 10 coisas que aprendi ao me tornar PAI!

Oi, meninas!

Esta será uma semana diferente aqui no Just Real Moms! A semana será dedicada aos pais, já que comemoraremos no domingo o dia deles!!

Para começar, a seção “as 10 coisas” de hoje foi escrita por um pai, o meu marido! Sou suspeita para falar dele, mas fiquei muito feliz e orgulhosa do seu post!!!

Vale muito a pena a leitura para entendermos melhor o “lado de lá”!! Afinal, o pensamento dos homens são bem diferentes dos nossos, não é mesmo?

Espero que gostem!!

Mil Bjss

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Mamães, Avós, Madrinhas, Amigas e Simpatizantes,

Quando fui convidado para escrever esta coluna especial para o Dia dos Pais, fiquei, obviamente, muito feliz e honrado pelo convite, mas também um pouco apreensivo por me arriscar a adentrar em um mundo predominantemente feminino, de mães, grávidas, avós, tias, madrinhas etc.

Honrado, pois, literalmente, testemunhei o nascimento deste blog. Estava fisicamente presente quando a Ju e a Rê (para quem não sabe, minha lindíssima mulher e companheira), amigas inseparáveis e mamães “frescas”, começaram a discutir a criação de um local para trocar ideias, dicas e experiências reais sobre o novo, intrigante e misterioso mundo materno.

Apreensivo, pois o mundo materno (e suas simpatizantes: tias, avós, amigas, madrinhas e interessadas) é um ambiente extremamente exigente, antenado, interativo, fiel, curioso e, em um primeiro momento, hostil para nós do mundo paterno (pais, avôs, padrinhos, amigos etc.).

Mas fui, eventualmente, convencido pelas duas de que seria interessante passar para as leitoras um pouco da visão dos pais nesta data tão especial, até porque, como já foi escrito em algum post do blog, “quando nasce uma mãe, nasce uma avó”, uma tia, uma madrinha, mas, principalmente, nasce um PAI!

PAI que, muitas vezes, também tem suas inseguranças, dúvidas, vontades e, por que não, visões diferentes deste momento incrível que é a paternidade. PAI que não tem tantos recursos ou blogs como este para recorrer. PAI que por uma questão histórico-cultural, cuja discussão guardo para outro momento, sempre foi relevado a uma distância segura deste mundo de criação inicial dos filhos dominado pelas mulheres. PAI que, obviamente, tem ou deveria ter cada vez mais importância e responsabilidade na educação de seus filhos e na formação de pessoas melhores.

Assim, com muita humildade e delicadeza, peço permissão à vocês, leitoras interativas e fiéis, para entrar por um instante em seu mundo e colaborar com as “10 coisas que aprendi ao me tornar PAI!”.

1 – Não basta ser pai tem que participar!

Os clichês existem porque, invariavelmente, são fatos! E no meu caso não é diferente! Procuro participar de tudo o que envolve os gêmeos. Por ter um casal, brinco de bola com o meu garoto e, porque não, de fantasias com a minha princesa. Fui em praticamente todas as consultas e ultrassons. Participei ativamente da escolha da pediatra. Impus, com muita facilidade, aliás, a escolinha (a qual os levo sempre, mas poucas vezes os busco). Fiz compras de coisas que nunca usaram. Dei e dou alguns banhos – nem sempre completos – e muitos doces escondidos… Enfim, tento participar ao máximo da vida, das brincadeiras e da rotina deles, pois quero ser presente e relevante, pois sei da importância de uma referência masculina constante nesta fase.

2- Trocar fraldas é um dom feminino!

Não sei como Darwin, em sua teoria da evolução, não dedicou um capítulo exclusivo para este tema! No item anterior, falei como todo pai tem que participar. No meu caso, toda regra tem sua exceção! Toda mãe nasce com um dom: o de mestra na arte de trocar fraldas! Assim, “tirei meu time de campo” e reconheci minha inferioridade, deixando essa atividade para quem conhece! Antes que me critiquem, além de ser um exercício de humildade, tenho certeza de que vou compensar essa falta com outras coisas…

3- Não se desautoriza a mãe na frente dos filhos e vice-versa!

É impressionante como passar sinais contraditórios deixa as pessoas confusas! Basta lembrar das placas de trânsito mal colocadas. E isso serve também para as crianças. A mãe proibir algo e o pai permitir, só vai deixar seu filho mais confuso e, eventualmente, frustrado e irritado. Portanto, o alinhamento na comunicação com os filhos é fundamental. Se alguém permitiu algo que você não concorda, caso não seja alguma coisa inadiável e essencial, deixe para discutir o assunto fora do alcance dos filhos.

4- Incentivar atividades físicas é fundamental desde cedo!

Costumo incentivar muito os gêmeos a correrem, brincarem e se manterem sempre ativos! Não sei se porque sou pai, mas não gosto de ver criança muito parada! Não que não exista aquele momento “desenho animado”, mas ensinar uma vida ativa desde cedo ajudará na prevenção de muitos distúrbios, aumentará a autoestima, a socialização e o desenvolvimento psicomotor da criança. Ainda procuro, dentro do possível, sempre associar a atividade deles à algum esporte, como chutar ao futebol, encaçapar uma bola ao basquete… Com o tempo, esses esportes parecerão naturais para a criança e seus princípios serão absorvidos mais facilmente!

5- Tal pai, tal filho!

Outro clichê que é fato! Os filhos sempre tendem a copiar o pai, sejam em palavras ou atitudes! Afinal, nós realmente somos a referência para eles. Eu tenho um apelido carinhoso para a Renata, como praticamente todo casal tem, mas que não tem nada a ver com o nome dela. Naturalmente, a chamo por esse apelido. De tanto ouvir, não é que os gêmeos começaram a chamar a Renata assim? Tive que parar! Enfim, este é só um exemplo simplório, mas que ilustra a situação. Imagine, então, com temas mais importantes como fumar, beber, brigar, falar palavrão… Como pais, precisamos estar cientes de que nossas atitudes ecoam em nossos filhos. Não é fácil ser um bom exemplo e nem sempre sou, mas é meu dever tentar, pois, como li estes dias: “eles estão de olho”!

6- Não basta ser pai, tem que educar!

Vejo muitos casais que usam o pai apenas para dar bronca! Fazem o jogo do good cop, bad cop (o bom e o mau), em que o pai é sempre o bad cop! Talvez pelo fato de o pai estar menos presente em razão do trabalho (apesar disso ter mudado muito nos último anos), vejo que alguns casais ainda usam a figura paterna para amedrontar a criança, criando uma figura punitiva para o pai. Quantas vezes não ouvimos: “Espere o seu pai chegar em casa!”. O ideal, a meu ver, é os pais dividirem a responsabilidade da educação e eventual punição, pois conferir somente ao pai esse papel pode acabar afastando a criança de sua referência masculina, traumatizando-a e contribuindo para uma baixa autoestima!

7- Não basta ser pai, tem que torcer para o mesmo time!

Esse tema, além de muito controverso, é uma opinião pessoal! Na maioria das vezes –  e por uma questão cultural brasileira -, nós, pais, somos muito ligados ao futebol. É quase uma religião em que os times são suas igrejas. Portanto, para muitos pais, o filho torcer para o próprio time é uma questão de honra. Assim, mamães, respeitem esse antiquado desejo masculino e incentive seu filho a torcer pelo mesmo time do pai! Não amaremos menos os nossos filhos caso eles não torçam para o nosso time, mas, com certeza, quando eles torcem, só faz bem para a relação pai-filho, além de criar situações e momentos positivos para fortalecer a conexão. Mas lembrem-se: torcer tem que ser uma coisa saudável!

8- Amor incondicional!

Não consigo entender a minha vida antes dos meus filhos. Quais eram meus sonhos mesmo? Minhas vontades pessoais? Meus desejos? Não lembrar ou subverter as prioridades da vida pelos filhos é o que chamo de amor incondicional. E amor incondicional também se expressa por meio de carinho, de beijo, de abraço… Aprendi que pai também beija, abraça e faz carinho e não perde a sua referência paterna/masculina por isso! E quanto mais melhor! Para eles e para nós!

9- Pai também chora! Principalmente no parto!

Em linha com o tema acima, também aprendi que pai chora. Como pai, mesmo! Por simplesmente ser pai! Pelo menos comigo foi assim… Geralmente a gestação tende a ser um momento muito mais feminino, onde um “serzinho” se desenvolve dentro da mãe. Afinal, é a mãe que sente os chutes, as contrações e a dor do parto! Nós, pais, ficamos um pouco perdidos durante esse período. Ficamos nos sentindo, muitas vezes, por “fora da festa”! Mas quando testemunhamos um parto, seja em qual modalidade for, a ficha cai e a emoção bate forte! No parto dos gêmeos, chorei como uma criança! Duas vezes!! Em um intervalo de 4 minutos!! Não me senti mais ou menos pai por isso, até porque existem diversas outras formas de demonstrar emoção, mas aprendi que pai também chora nessas horas e que isso é humano!

10 – Mãe é Mãe!

Todo mundo sabe o que isso significa! Ter gerado um ser dentro de si é um sentimento que somente as mulheres sabem o que é! A ligação materna não é simplesmente umbilical. A ligação entre mãe e filho é diferente mesmo! Transcende o entendimento paterno! Talvez seja por isso que quando os sentimentos estão envolvidos (como quando nossos filhos adoecem, se machucam, estão tristes ou inseguros), na grande maioria das vezes são às mães que eles recorrem! Enfim, cabe a nós, PAIS, humildemente aceitarmos isso! O que não é tão difícil assim, pois, afinal, quando isso acontece conosco é a nossa mãe que chamamos, ou não?

Espero que tenham gostado de minha participação especial. Não sou nenhum expert no assunto (pois meus filhos têm apenas dois anos) e muito menos tenho a pretensão de ensinar alguém. Mas, neste curto tempo desde o nascimento dos gêmeos, aprendi muito com eles e por eles, principalmente sobre mim mesmo, e é isso que tentei passar para vocês da forma mais real possível!