terça-feira, 21 outubro, 2025

A grande responsabilidade dos pais como seres humanos

Hoje vamos falar da grande responsabilidade dos pais como seres humanos e como devemos sempre melhorar e aprimorar as vivências e os aprendizados que tivemos com os nossos próprios pais. Confira!

Casal (pais) abraçando seus pais (avós) sorrindo em uma área externa da casa - Just Real Moms

Oi Mamães, Papais e futuros Pais! Esse post traz uma reflexão linda e leve que todos nós pais deveríamos ler…e reler. Afinal, temos uma grande responsabilidade como pais.

Recentemente fizemos um evento incrível na Unibes Cultural com o tema  “Conflitos Intergeracionais: Como ter relações harmoniosas entre Pais e Avós na convivência com as crianças”, onde convidamos alguns especialistas para palestrar. (Não deixe de ver no link o evento na íntegra!)

Entre os palestrantes estava o Dr. Paulo Telles – Pediatra e Neonatologista. E hoje, em sua coluna, ele traz pontos importantíssimos para mães e pais quando falamos das responsabilidades dos pais.

Cada geração vem para melhorar e evoluir em relação a geração anterior. E assim, algumas das coisas que vivemos e aprendemos com os nossos pais, pode não fazer mais sentido hoje. E tudo bem!

Como o Dr. Paulo falou: “A criação de um filho é uma arte abstrata, assim como é o amor. Não tenha medo de pintar o melhor quadro que você é capaz! E acima de tudo orgulhe-se da sua obra prima!”

Confira o post abaixo e certamente não deixe de compartilhá-lo com outros pais!


Devemos fazer o possível para tornar o mundo um lugar melhor para a próxima geração, temos que criar nossos filhos ajustando a educação, com mais igualdade, justiça, tolerância, menos ódio e mais amor ao próximo.

Assim, eles poderão fazer o mesmo para com seus filhos e uma corrente evolutiva acontecerá, o ganho será da sociedade como um todo.

Devemos aprender com os erros que identificamos em nossos pais e nos fizeram sofrer, devemos aprender com as dificuldades da nossa criação e sermos capazes de ao invés de perpetuar as adversidades e repetir o que recebemos, dar um basta, sem ódio ou rancor.

Afinal, cada um oferece o que é capaz. Temos que conseguir agradecer o que recebemos e perceber o que gostaríamos de ter recebido, esta mudança é o começo desta evolução.

Ser capaz de não repetir os mesmos erros com seus filhos, é o que chamo de evolução geracional, que é a capacidade de ser resiliente e estimular a resiliência.

Temos o dever de identificar as dificuldades que tivemos, nossos defeitos, ansiedades, angústias que nos trouxeram insatisfação, e mudar.

Poder buscar acima de tudo, evoluir, ser humildes, estudar, fazer terapia, conversar, aprender a tratar as mazelas que levamos da nossa infância e criação e, assim, tentar educar nossos filhos sem estes problemas. Chamo isso de blindagem de afeto, uma das mais belas formas de proteção.

Familia de mae, pai e 3 crianças, em floresta fazendo picnic - Just Real Moms

Não aceite o que você recebeu como regra: “mas eu era assim e deu certo”, “sou de outra geração, não tinha nada disso na minha época”, “ele está assim porque vocês são moles”, “dei açúcar a vida toda para vocês e estão aí saudáveis”, ou “ vocês dormiam de barriga para baixo e estão fortes e vivos”.

Chega de conformismo. Chega de perpetuar o mínimo, ou justificar suas dificuldades e limitações afetuosas pelo que não recebeu.

Busque alternativas, seja resiliente e apoie-se no que você pode fazer pela próxima geração. Isso serve para pais, tios e avós.

Veja este exemplo da geração que teve pais duros, com castigos, que batia nos filhos, educação pautada na punição.

Muitos destes filhos, ao virarem pais, acabam repetindo a forma errada do criar através do medo, que é muito diferente do respeito.

Esta forma afasta os filhos dos pais, criando uma criança cheia de insegurança, que acha que a forma de resolver os problemas deve ser na força, na ameaça, na imposição e no grito.

Ou então, pode gerar uma criação muito permissiva, também baseada no medo, no medo de repetir o erro. E no intuito de evitar repetir este processo agressivo, acaba educando de forma desequilibrada, podendo gerar indivíduos com poucos limites.

Brinco que é a geração dos medrosos eram crianças que tinham medo dos pais e agora são pais que tem medo dos filhos e até dos netos.

Estes fazem de tudo para agradar, evitam frustrações, presenteiam em excesso, doces em exagero, “sim” para tudo. Tudo pode, pouco limite, e pouco respeito, bem diferente da vida real. Veja que em nenhum momento falo em excesso de afeto e amor, pois isso sempre é ótimo.

Devemos sempre sair da zona de conforto antes de pensar em ser pai ou mãe. Você deve iniciar este processo reflexivo, diria que até mesmo antes de engravidar junto com seu parceiro.

Será que é isso que queremos? Não se pergunte se está pronto, nunca estaremos. A maternidade e a paternidade são um aprendizado constante, uma evolução diária, um esforço enorme em acertar.

Mas, será que estamos prontos para mudar nossas vidas e dividir tudo isso com outro ser, um pequeno ser que demanda, que precisa de vocês, que tem que fazer parte das prioridades do casal?

Esta talvez seja a primeira rede de apoio ou suporte que deveria acontecer, deveria ser o início desta jornada da paternidade.

Não tenha medo de errar, mas seja humilde para ouvir e não repetir os erros.

Ajude, fale, ouça, chore, grite, sorria, reflita, e acima de tudo aceite. Seja humilde, ouça, reflita sobre a raiva que sente ao ser criticado, ninguém gosta de ouvir seus defeitos, mas se te incomoda algo deve ser elaborado. Respire e pense antes de responder.

A maternidade e a paternidade é algo incrível, complexo, difícil, cheio de culpa, de angústia, de inseguranças em todos os sentidos.

Mas, também cheio de amor, carinho, afeto, prazer, alegria.

Irá te completar de forma indescritível. Mas, para isso precisamos estar abertos, prontos e preparados.

Mãe e pais segurando menino bebe, sentados na grama e sorrindo - Just Real Moms

Na verdade, como disse nunca estaremos totalmente preparados, porque só ao iniciar está tarefa descobriremos exatamente o que precisamos. As necessidades serão distintas em cada casa, em cada pessoa.

Sabe por quê?

Porque as histórias de criação foram distintas. A base é diferente, alinhar isso entre os cuidadores é primordial para que criança cresça mais segura e sabendo distinguir o certo e o errado.

Maternar é dinâmico, vai depender de cada criança, de cada pai ou mãe e de tudo que trazemos do ponto de vista genético e epigenético. De como responderemos aos estímulos externos, de como nos moldaremos com os novos desafios.

Esta evolução acontecerá na forma de parceria.

Não tenha vergonha em entender e até falar: “Estamos todos aprendendo juntos. Eu aprendo a ser pai ao mesmo tempo que você cresce e aprende a ser filho.”

Assim pais e filhos mudarão, evoluirão e crescerão juntos formando uma rede, uma teia desafiadora de afeto, amor e cumplicidade, onde todos ganham e crescem.

Basta estar aberto para mudar, para conseguir superar cada obstáculo, desafio e etapa.

Das dificuldades do parto, na maternidade, na amamentação, das noites sem dormir, da dificuldade nas doenças, na falta de apetite, nas birras, no primeiro dia da escola, o desmame, a volta ao trabalho, a primeira viagem sem seu filho, as festas e baladas, os acampamentos, as noites na casa dos amigos, as discussões e orientações sobre tela e jogos, o quarto trancado, a música alta, a escolha da profissão, o não voltar para casa na hora combinada, o não responder o celular, o primeiro amor e o primeiro fora, passar na faculdade, o primeiro emprego, a despedida para a saída de casa, o ninho vazio…

As preocupações nunca terão fim, estaremos sempre um pouco verdes, amadurecendo até o dia da despedida final.

Para todas as decisões relacionadas ao seu filho você estudará, conversará com amigos, terapeuta, pediatra e os avós.

Desde a escolha da maternidade, escola, horário da escola, tipo de alimentação, rotina… tudo.

Familia afro decendentes - Mãe com bebê no colo ao lado do pai no supermercado escolhendo frutas - Just Real Moms

Então, por que não se preparar para ser pai e mãe?

Não adianta apenas fazer curso antes do parto. O preparo é gigante e deve ser de dentro para fora, ao cuidar de si, nos preparamos minimamente para ser capazes de cuidar do outro.

Cuidar do mundo ao seu redor, amar a si mesmo para ser capaz de amar o próximo e assim o amor, o cuidado, o carinho moldarão uma sociedade melhor.

O ciclo evolutivo deve ser este. Cada geração deve ser melhor e mais preparada para viver feliz. Que sejamos capazes de nos orgulhar ao ver nossos filhos sendo mais capazes do que fomos na sua criação, sem ciúmes, pois fazemos parte desta conquista.

Está é a verdadeira evolução da nossa espécie!

Isso sem dúvidas moldará a evolução da humanidade que está carente e perdida nos conflitos, que começam dentro de casa e geram a bipolaridade e o ódio que tem pautado nossa sociedade atual.

Não se esqueça: A criação de um filho é uma arte abstrata, assim como é o amor. Não tenha medo de pintar o melhor quadro que você é capaz! E acima de tudo orgulhe-se da sua obra prima!


Por fim, se gostou desse post, aproveite para ler também “Pais educam, avós apoiam” e “A importância do contato com a natureza para o desenvolvimento infantil”.


Este post do Just Real Moms foi cuidadosamente elaborado por um médico altamente qualificado, trazendo informações confiáveis e embasadas para você. Fique por dentro dos insights e conselhos de um verdadeiro especialista no assunto!
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Sobre o Dr. Paulo Nardy Telles (CRM 109556 | RQE 93689)

Instagram: @PauloTelles

Esposo, Pai do Léo e da Nina Pediatra e Neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

  • Formado pela Faculdade de Medicina do ABC
  • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de Medicina da USP
  • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP
  • Título de Especialista em Pediatria pela SBP
  • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP
  • Atuou como Pediatra e Neonatologista no Hospital Israelita Albert Einstein 2008-2012
  • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura

A informação disponível neste site não substitui o parecer de um médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde, à saúde dos seus filhos e familiares e aos seus tratamentos e medicamentos.

Crédito: Cortesia de Nataliya Vaitkevich, RDNE Stock project e Greta Hoffman

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