No verão, as crianças ficam ainda mais animadas para brincar. Mas, alguns vírus, bactérias e parasitas intestinais também estão a solta e podem causar uma diarreia aguda. Venha entender!
Oi Mamães e Papais! Nesta época mais quente, quem aí já cuidou do filho/a com diarreia aguda?
Hoje, a Dra. Elisabeth Fernandes – Mãe, Pediatra e Reumatologista Infantil – estreia sua coluna no Just Real Moms falando sobre este assunto.
Ela explica alguns dos sinais típicos que ocorrem devido a essa desidratação, explica sobre o uso de medicamentos e ainda lista algumas formas de prevenção!
Confira abaixo!
Estamos na temporada de primavera / verão e nesses meses mais quentes do ano acontecem um aumento importante dos casos de diarreia nas crianças.
A diarreia é caracterizada pelo aumento no número de evacuações por dia e as fezes são amolecidas ou líquidas.
É um sintoma que, por sua vez, pode ser causado por várias doenças diferentes.
E a diarreia é considerada aguda quando tem a duração de até 14 dias.
A diarreia aguda geralmente é de causa infecciosa (gastroenterite aguda), apresentando maior risco de causar desidratação. Esta é uma situação que pode ser perigosa e que sempre exige atendimento de emergência.
Adicionalmente, o quadro de diarreia aguda muitas vezes é acompanhado de vômitos e febre.
A grande perda de líquido nas fezes e os vômitos frequentemente provocam a desidratação, que é a principal complicação.
A diarreia aguda geralmente é causada por vírus, bactérias e parasitas intestinais.
As causas principais de diarreia aguda na criança são as infecções virais causadas pelo Rotavírus, Norovírus, Adenovírus, Vírus da Covid-19 (Sars-CoV-2), entre outros vírus.
É fundamental prevenir e reconhecer os sinais típicos de desidratação como:
- ausência de lágrimas
- olhos fundos
- pouca saliva (boca e língua secas)
- pele com aspecto murcho
- diminuição do volume da urina
- respiração mais acelerada e curta
- extremidades frias e pulso fraco
Essa é, portanto, uma complicação preocupante que precisa ser avaliada e tratada sem demora pelo pediatra.
Geralmente a diarreia aguda é confirmada apenas pela história clínica e exame físico da criança. Então, não necessita na maioria das vezes exames auxiliares.
O que fazer em caso de diarreia aguda?
Deve-se procurar o pediatra para avaliar cada caso, sendo que os principais objetivos do tratamento são a prevenção da desidratação e desnutrição.
Isto é conseguido com a oferta correta de líquidos, do soro de reidratação oral e a alimentação adequada.
É importante sempre observar a perda de peso e os sinais de desidratação ou piora da diarreia. E claro, procurar atendimento médico para reavaliar a criança sempre que necessário.
O soro de reidratação oral deve ser o tratamento de preferência, mas alguns casos necessitam hidratação venosa.
É recomendado uso de medicamentos?
Em geral, não é necessário o uso de medicações rotineiramente. É importante lembrar que antibióticos não devem ser utilizados em crianças saudáveis com gastroenterite, pois a diarreia vai curar sozinha.
Os antibióticos alteram a flora intestinal normal da criança e são prescritos pelos pediatras apenas em situações especiais.
Em algumas situações pode estar indicado o uso de probióticos para restaurar a microbiota intestinal e zinco para melhorar absorção intestinal.
E ainda, em alguns casos, um medicamento para controlar os vômitos.
Então, como forma de prevenção a este problema, o que pode ser feito?
- Estimular o aleitamento materno;
- Manter a alimentação habitual;
- Oferecer volumes pequenos de alimentos em intervalos curtos;
- Evitar contato com pessoas com diarreia infecciosa;
- Assegurar condições de higiene adequada;
- Manter a criança hidratada.
- Garantir acesso à vacina contra o Rotavírus
E claro, sempre consulte um médico de sua confiança para acompanhar a evolução e melhora dos seus filhos!
Por fim, se gostou desse conteúdo, aproveite para ler também: “As melhores oficinas de férias para crianças”.

Sobre a Dra. Elisabeth Fernandes (CRM 94686)
Instagram: @DraElisabethFernandes
Mãe, Pediatra e Reumatologista infantil
- Mãe de duas filhas, Júlia e Luísa
- Pediatra e reumatologista infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
- Tem mestrado e doutorado em pediatria pela FMUSP e é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria
- Divide seu tempo entre a maternidade, atendimento particular na Clínica Pediátrica Crescer em São Caetano e trabalha como professora no Curso de Medicina da Universidade São Caetano do Sul







