Vamos falar sobre maternidade e identidade? A chegada de um filho transforma a vida em tantos aspectos que muitas vezes esquecemos de algo essencial: quem é aquela pessoa que existia antes da maternidade?
Olá, mamães e papais! Tornar-se mãe é um processo profundo e marcante, mas ele também pode vir acompanhado de um sentimento incômodo de perda da identidade própria depois da maternidade.
Então, hoje trouxemos uma reflexão para tentar te ajudar a equilibrar o papel de ser mãe com o de ser “eu mesma”. Este é um tema que merece reflexão: maternidade e identidade.
Maternidade e identidade: A descoberta da nova realidade
Quando nos tornamos mães, o mundo parece se transformar em função do novo ser que chega às nossas vidas. As prioridades mudam radicalmente.
O tempo, que antes era usado para trabalhar, socializar ou simplesmente relaxar, agora é dedicado às demandas de um bebê. Em meio a essa mudança, é comum se perguntar: onde ficou a pessoa que eu era antes? (Mas, confessamos que ficamos ANOS sem se quer fazer esta pergunta.)
Esse questionamento não significa arrependimento ou falta de amor pela maternidade. Pelo contrário, é um sinal de autoconsciência. Reconhecer que não somos apenas mãe é essencial para manter um equilíbrio emocional e, paradoxalmente, para ser ainda mais presente e feliz no papel materno.
Por quê nos perdemos?
A resposta para essa pergunta é complexa e multifacetada, né? Primeiro, porque a sociedade coloca uma carga enorme sobre nós mulheres ao associarem a maternidade com renúncia total. A ideia de que uma “mãe dedicada” deve abdicar de suas necessidades pessoais para cuidar exclusivamente dos filhos, permeia firme na nossa cultura.
Outro fator é a intensidade das primeiras fases da maternidade. No começo, as necessidades do bebê são tão demandantes que as mães frequentemente colocam suas próprias vontades em último lugar.
Isso, somado às mudanças hormonais e emocionais, pode dar a sensação de que aquela mulher cheia de sonhos, planos e hobbies…desapareceu.
Resgatando quem você era antes da maternidade
Reencontrar-se realmente não é uma tarefa simples, mas é absolutamente necessária.
Nós temos não apenas falado sobre isso aqui online com vocês, mas também temos realizado diversos encontros presenciais com grupos de mães incríveis. Desde jantares incríveis regados a vinhos com talks de grandes especialistas, como a Isa Minatel, até brunches deliciosos no sábado de manhã. Quer participar conosco? Deixe seu contato AQUI que te chamaremos para o próximo evento!
Aqui estão algumas reflexões e passos práticos para reconstruir sua identidade enquanto mãe e, ao mesmo tempo, como pessoa:
Lembre-se dos seus interesses
Reflita sobre o que fazia você feliz antes da chegada do seu filho. Era dançar, pintar, cozinhar, estudar? Não importa o que seja, procure uma maneira de incluir esses interesses na sua rotina, ainda que de forma adaptada. Nós adoramos, por exemplo, os workshops do D.A.M (Desliguei a Mente).
Aceite ajuda
Uma das maiores barreiras para recuperar sua identidade é a sobrecarga. Permita-se delegar. Se você tiver uma rede de apoio — parceiros, familiares ou amigos — conte com eles para ter um tempo só seu. Esse espaço é precioso para se reconectar consigo mesma.
Por aqui, reforçamos muito também a importância do papel do pai. Pai não é rede de apoio. Ele é parte ativa e essencial na criação dos filhos, dividindo responsabilidades e participando ativamente do dia a dia da família.
A paternidade vai muito além de “ajudar” – envolve cuidar, educar, compartilhar as tarefas domésticas e ser presente emocionalmente. Quando o pai assume seu papel com consciência e compromisso, toda a dinâmica familiar se torna mais equilibrada, beneficiando não apenas a mãe, mas principalmente os filhos.
Cuide do seu corpo e mente
Exercícios físicos, meditação e alimentação equilibrada têm impacto direto na sua saúde mental e na autoestima. Pequenos passos como uma caminhada de 30 minutos ou uma aula de yoga (em casa mesmo) podem fazer toda a diferença.
Redefina o papel de mãe
Entenda que ser uma boa mãe não significa estar disponível 24 horas por dia. Equilibrar as demandas da maternidade com seus próprios desejos é um ato de autocuidado que também ensina seus filhos sobre limites e independência.
Construindo uma nova identidade
O objetivo não é retornar ao que você era antes, porque isso é simplesmente impossível. A maternidade nos muda profundamente — e isso é algo incrivelmente positivo. Mas, assim como você não precisa abandonar sua essência, também não precisa viver apenas para os filhos.
Conforme os anos passam, você descobrirá que a maternidade e sua identidade própria podem coexistir. Você será capaz de se enxergar como uma mulher multifacetada, que cuida, ama, trabalha, sonha, curte a vida a dois e vive. Esse equilíbrio não acontece da noite para o dia, mas é uma construção constante.
A Importância de conversar sobre maternidade e identidade
Por fim, é essencial que o tema seja discutido de forma aberta e sem julgamentos. A maternidade é repleta de desafios, e muitas vezes nos sentimos solitárias em nossos questionamentos. Conversar com outras mães, buscar grupos de apoio ou até mesmo fazer terapia pode trazer clareza e conforto. (Lembre-se: temos os nossos encontros também! Deixe seu contato AQUI que te chamaremos para o próximo evento!)
Lembre-se: você não está sozinha nessa jornada. Muitas mães compartilham os mesmos dilemas e, juntas, podemos encontrar maneiras de navegar pelas transformações da maternidade sem perder a nós mesmas.
Conclusão
Ser mãe é uma experiência poderosa e transformadora, mas é igualmente importante lembrar que a maternidade é apenas uma das muitas partes que compõem quem você é.
Resgatar e preservar sua identidade é um ato de amor próprio que beneficia não apenas você, mas também seu filho.
Afinal, uma mãe feliz e realizada é capaz de criar laços mais fortes e saudáveis com aqueles que ama.
Você se identifica com esse sentimento? Quais foram os passos que você tomou para reconectar sua maternidade e identidade? Compartilhe suas experiências e inspire outras mães a fazerem o mesmo!
DICA EXTRA: assista a esse vídeo sobre o tema!
E ainda, se gostou desse post, aproveite para ler: “Relato de Mãe: UTI Neonatal – Quando a maternidade foge do sonho” e “Autoconhecimento Feminino: O reencontro com a sexualidade pós-maternidade“.