Vejam esse super relato da Gabriela Marques Oliveira sobre a gravidez e os 3 primeiros meses! Um relato que certamente você vai se identificar!
Oi Mamães e Papais! Hoje trouxemos o relato de uma amiga, uma mamãe de 1a viagem, que veio compartilhar sobre a gravidez e os primeiros 3 meses.
Ela decidiu compartilhar o lado da maternidade que ninguém conta! Mas, que nós aqui do Just Real Moms, temos abordado!
Sempre abrimos espaço para este tipo de post, pois acreditamos que “desromantizar” a maternidade, não a faz menos linda e nem menos especial.
Apenas ajuda as mamães a navegarem por essa jornada mais tranquilas e certas de que estão fazendo o melhor para seus filhos! E sim, todas são SUPER MÃES!
Então, confira o relato da Gabi sobre gravidez e os 3 primeiros meses:
Eu sempre quis ser mãe. Isso ninguém precisou me contar.
Sempre tive um instinto maternal extremamente aflorado e eu costumava dizer que tinha “nascido para isso”. Eu sempre soube que engravidar e ser mãe seria intenso em diversos âmbitos.
E que seria sobretudo especial, na mesma proporção que seria difícil. Isso todo mundo me contou. Mas, a grande verdade é que muita coisa, ninguém conta.
Ninguém conta que é extremamente comum o aborto espontâneo na primeira gestação. E que é totalmente possível, e natural, engravidar logo em seguida de um bebê saudável.
Ninguém conta que são DEZ meses de gestação e não, não é “depois de 9 meses você vê o resultado” como nos ensinou o saudoso “É o Tchan.” Normalmente, são 40 semanas completas, portanto, dez meses.
Ninguém te conta que na gravidez é possível inchar tanto, a ponto de o tornozelo desaparecer, a unha do pé ficar curvada e descolar, e um nervo da coxa fisgar (e doer muito!). E ainda, ninguém conta que antes da barriga aparecer, você fica quadrada parecendo uma geladeira. Ninguém conta também que a quantidade de cabelos novos é proporcional a de celulites novas.
Ninguém conta que a gente vira uma bomba de gás. Flatulências terríveis dormindo, acordada, um fedor digno de divórcio. Não é bonito falar disso, né? Então, por isso que ninguém conta!
Todo mundo conta que as contrações doem. Mas, ninguém conta que é uma dor de semi-morte, como se você estivesse gravida de quíntuplos, e os cinco estivessem torcendo todos os seus orgãos.
Ninguém conta que os xixis da madrugada na gravidez, é o universo te preparando para acordar de hora em hora quando ele nascer.
Ninguém conta que palavras estranhas e nunca antes usadas, de repente viram rotina. Ecodoppler fetal, exame morfológico, streptococcus, laceração, episiotomia, manobra de Kristeller, icterícia, colostro, mastite, disquesia, frenotomia, cueiro, mijão, ductos mamários, exterogestação, períneo, ordenha (essa em especial me tira do sério).
E a palavra mais falada de todas: o famigerado puerpério, que meu marido se confunde e diz que estou na peripécia. Faz sentido, pois definitivamente o puerpério pode ser uma peripécia.
Sabe o que mais ninguém conta?
Que existe fisioterapeuta pélvica e proctologista. Sim, eu sabia que existia proctologista, mas não sabia o que ele fazia. De repente me vi frequentando semanalmente o consultório desses profissionais tão indispensáveis após um parto normal.
Ninguém conta que a amamentação pode ser a coisa mais desafiadora do puerpério. Que a tal “pega errada” ou a “confusão de bicos” pode definir todo o destino de uma lactante. Ninguém conta que passa a ser normal andar pela casa como uma índia com os peitos de fora “arejando”.
E ainda, no meu caso, num fenômeno muito peculiar, pois eu não tinha leite para meu filho, mas para pingar na casa inteira ou encharcar os donuts de pano, era uma cachoeira. Bem curioso.
Ninguém conta que chupeta em inglês é “pacifier” por uma questão semântica e brilhante, pois não há definição melhor para essa belezinha.
Ninguém conta que às vezes, a maior felicidade do seu dia, é o bebê fazer cocô. Daqueles cocôs tragédia mesmo. Dá gosto de ver. Ninguém conta que o bebê goLfa (e não goRfa, como eu sempre imaginei).
Ninguém conta que você chora por motivos novos. Eu nunca antes tinha chorado de sono, de exaustão ou de amor. E de repente isso virou trivial. Chorar de amor foi definitivamente uma nova categoria que virou rotina quando ganho um sorriso do nada.
Ninguém conta que a primeira febre ou ida ao hospital, é um filme de terror. E que o doente é o bebê, mas quem fica devastada, estraçalhada e exageradamente culpada, é a mãe.
Será que não agasalhei direito? Será que não limpei direito? Ou, será que espirrei na cara dele? Será que eles pegam friagem mesmo e não é papo furado da minha avó?
Muito se fala sobre a gestação e a maternidade. Muito se opina também, se compara e muito se julga.
As pessoas contam muito, mas também não contam um monte de coisas.
Acho que é natural, acho que vendo por uma perspectiva, pode ser bom. Talvez para que cada um viva suas próprias experiências e lide com os desafios da melhor forma. Talvez para não assustar, para entender, para acolher. Aparentemente essa compaixão e empatia vêm intrinsecamente ao fato de ser mãe.
A tal rede de apoio é real, e necessária.
No final das contas, o que todo mundo me contou, mas que eu definitivamente não poderia imaginar é a dimensão que é o amor.
Esse sim é avassalador, é fascinante, é inacreditável e só cresce a cada dia. Esse sim todo mundo conta, mas realmente ninguém consegue explicar até realmente sentir. E é tudo verdade!
Por fim, se você gostou desse relato sobre gravidez e os 3 primeiros meses, aproveite para ler também: “Por que amamentar causa tanta ansiedade nas mães?” escrita por Gabrielle Oliveira (aka Gabi Blogueira, irmã da Mica Rocha), “Você sabe qual é o real papel das doulas?” e “Eu sobrevivi a Depressão Pós Parto e você vai também…” escrita por Bia Singer.
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Escrito por: Gabriela Marques Oliveira
Que relato, e que não estamos sozinhas e sim juntas e misturas nesta leveza de maternal. Obrigada Gab, por compartilhar tudo isso ✨
Que delícia alguem contar esses segredos tão bem guardados de uma forma tao linda e leve! Obrigada por compartilhar Gabriela!!
tudo verdade! Vc conseguiu escrever com humor e amor essa realidade nossa de cada dia.