Quantas vezes já nos perguntamos sobre o impacto das palavras no desenvolvimento dos nossos filhos? Em muitos lares, os palavrões pode surgir em momentos de raiva, euforia ou até por hábito. E quando nossos pequenos começam a reproduzir esses termos? Pode ser um choque, principalmente quando tentamos construir um ambiente onde o respeito e a educação são prioritários.
Mamães e Papais, hoje a nossa colunista e amiga Bia Sanmarco vai falar sobre os desafios de lidar com as “palavrinhas proibidas”, os temidos palavrões, na infância.
Como podemos orientar nossos filhos para que entendam o peso das palavras e façam escolhas conscientes na maneira de se expressar?
Então, confiram abaixo!
Existem lares em que é comum a família falar palavrões em momentos de raiva, euforia, tristeza, no dia a dia.
Eu cresci com um estigma em relação ao palavrão. Quem fala é boca suja, denigre a própria imagem e macula seu caráter.
Na adolescência passei a falar palavrão, mas era raro. A rebeldia da idade me permitiu. Já na fase adulta, deixei esse hábito de lado, pois passei a notar ser algo que não faz parte de minha natureza. As vezes vem… em momentos de raiva, um palavrão sai, confesso!
Hoje sou mãe de Samuel, com 7 anos.
Desde o final do ano passado, ele começou a falar alguns palavrões. Isso me surpreendeu e chegou até a ofender minha honra como mãe! Se eu não costumo falar, de onde isso saiu?
As crianças vão absorvendo seus hábitos do ambiente onde vivem, das pessoas com quem convivem. Fui percebendo que isso estava comum na escola. Em casa é bumbum, não é bunda! Mas, para algumas famílias, bunda é o natural.
E esse foi o primeiro “palavrão” que o Sam falou. Questionei a procedência desse vocabulário. Óbvio: escola!
Convenhamos, em alguns momentos de dor, por exemplo, falar um palavrão parece que até alivia o sofrimento. E por que não deixar a criança falar?
A princípio porque a criança na idade do Sam, por exemplo, 7 anos, não tem ideia do real significado dos palavrões. Ela só tem ideia de que é proibido, e que isso chama a atenção da família, dos professores, etc. E essa é uma razão para continuar falando.
Eu já repreendi o Sam algumas vezes ao ouvi-lo vocalizar uma palavra de baixo calão. Mas sei que existem teorias psicológicas que sustentam simplesmente ignorar esse comportamento, a fim de não reforçá-lo.
O meu acordo com o Sam é que ele pode falar qualquer palavrão a fim de saber o significado, para que sua curiosidade seja satisfeita. A partir de então ele passa a entender um pouquinho o por quê ele não deva falar tal palavra, que pode até machucar ou ofender outras pessoas em volta.
Por enquanto estamos num momento em que existem os questionamentos, e existem também “escapes”. Nesses últimos tenho oferecido uma substituição: “filho da mãe!”; “putz grila”; “que droga!”; “vixe”… e assim vai.
E não adianta a criança ter regras como essas se os adultos com quem ela convive não partilharem da mesma ideologia. Fica confuso para criança e até inviável em sua educação.
Vamos concordar que não soa nada bonito uma criança falando palavrão como parte de seu vocabulário corriqueiro!
Para trazer uma ajudinha de uma expert, nossa também querida amiga e Psicopegagoga Isa Minatel, traz algumas dicas ótimas para estas situações onde os filhos falam palavrões, vejam abaixo! E não deixem de conferir todo o conteúdo da Isa!
E ainda, se gostou desse post, aproveite para ler: “6 dicas para lidar com os momentos de birras das crianças” e “Você sabe dar educação afetiva a seus filhos?“.