A eterna dúvida: Canguru ou Sling? Qual devemos escolher para usar? Venha conferir as diferenças e cuidados de cada um!
Oi Mamães e Papais! Hoje vamos falar sobre as diferenças e cuidados ao usar o Canguru ou Sling!
Sabemos que existe muitas dúvidas, pre-conceitos e inseguranças na hora de optar por uma dessas opções para carregar o bebê.
Mas, ambas podem ser ótimas escolhas e sim, seguras, para usar – basta realmente aprender como prepará-las.
A nossa colunista, Dra. Natasha Vogel – especialista em Ortopedia Pediátrica – vai dar todos os detalhes e informações importantes para te ajudar!
E agora, o que escolher ou qual é o mais seguro: o Canguru ou Sling? Qual a diferença entre eles?
Vamos lá…. Começarei definindo a diferença entre eles:
O Canguru é um suporte acolchoado e macio que usamos na frente do tronco, mas alguns modelos podem ser usados nas costas.
O Sling é uma longa tira de tecido que, geralmente, fica presa nos ombros e cintura, é utilizada na frente do tronco e o bebê pode ficar em diversas posições.
O dois são interessantes para carregar o bebê, pois deixam as nossas mãos livres, os bebês adoram ficar vendo o mundo, e se usado corretamente, pode ser uma boa forma de dar uma volta com os pequenos.
Como escolher um?
Aqui vão algumas dicas de como escolher:
- Verifique se consegue colocá-lo sem ajuda, caso não consiga, sempre peça ajuda até que se acostume. Uma boa dica é treinar antes com bichinhos de pelúcia ou bonecos;
- Experimente vários modelos antes de escolher o seu;
- Procure por alças mais largas e acolchoadas, elas devem passar nas costas com uma tira prendendo na cintura: isso vai ajudar a distribuir o peso do bebê;
- O suporte deve ficar firme ao seu corpo;
- Cuidado com os meses mais quentes para não superaquecer o seu príncipe ou princesa;
- Para usá-lo pelo maior tempo possível, verifique o peso que o canguru ou o ling aguentam e se existe a opção do bebê poder olhar para frente.
Quais são os cuidados que devemos ter?
Qualquer um dos suportes pode sufocar bebês menores de 4 meses se não usados corretamente, pois os músculos do pescoço não são fortes o suficiente para controlar a cabeça, neste caso, verifique se o aparelho oferece apoio cervical.
Eles não podem pressionar a boca ou nariz da criança, e deixá-la no formato em “c” também pode dificultar a respiração.
Fique de olho nos seguintes pontos:
- Verificar o peso que o suporte tolera e leia o manual atentamente;
- Se não obstrui as vias aéreas;
- Cuidado ao se abaixar! Sempre dobre os joelhos para o bebê não cair;
- Dê uma olhada no sling ou canguru para ver se não tem rasgos, se as presilhas estão funcionando ou está desgastado;
- O pequeno/a deve conseguir mexer a cabecinha, pezinhos e mãozinhas.
Feita a sua escolha pelo melhor suporte, quando for usá-lo escolha calçados que sejam fáceis para caminhar, confortáveis e ande em superfícies regulares para não tropeçar. Lembre-se, não corra com o bebê no canguru ou sling.
O momento mais crítico é a hora retirar o bebê desses suportes, pois é quando os acidentes acontecem.
Então, se puder, peça a alguém para ajudá-la ou sente-se no chão. MUITO cuidado ao inclinar-se, e se for o caso, segure-se em uma superfície firme, dobre os joelhos e segure o pequeno.
Não cozinhe com eles no tronco, eles podem se queimar, assim como não segure comidas ou bebidas quentes.
Existe uma posição recomendada? Sim…
- Justo: ele deve estar justo ao corpo, com apoio cervical e na posição vertical;
- Visível: você deve ser capaz de ver o seu rosto e certificar-se que o rosto, nariz e boca estão descobertos;
- Perto o suficiente para facilmente beijá-los ao fletir a cabeça para frente;
- O queixo deve ficar afastado do peito, pois se estiver pressionado, pode dificultar a respiração;
- Apoio nas costas: a coluna deve estar bem apoiada, com a barriga e o peito bem encostados em você.
E os quadris, devo me preocupar com eles? Sim, sem sombra de dúvidas.
A adequada posição dos quadris deve permitir que os quadris do seu bebê fiquem abertos e abraçadas contra o seu tronco.
Tanto os joelhos como os quadris devem ficar dobrados fazendo o formato da letra “M”.
Por fim: os sinais de alerta:
- Rosto coberto ou com o queixo encostado no peito;
- Se estiver em posição fetal;
- Se estiver respirando com dificuldade ou fazendo barulhos como um chiado ou assobiando;
- Ou, se estiver com a pele cinza ou azulada;
- Se estiver agitado, inquieto ou se contorcendo.
Com todas essas informações você poderá definir qual é a melhor opção.
A escolha é muito pessoal, então teste cada um deles e fique atenta aos cuidados!!
Então, se gostou desse post sobre o canguru ou o sling, da Dra. Natasha Vogel, veja também: “O seu filho gosta de pula-pula? Isso deve te preocupar?” e “8 dicas para ajudar o seu filho(a) a sentar, com segurança!”
Dra Natasha Vogel – Ortopedista Pediátrica
CRM: 150.318
Instagram: @NatashaVogel
Mãe do Theo e da Nina, é Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica.
- Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético pela FMUSP
- Especialização em Ortopedia Pediátrica– Residência Médica pela FMUSP
- Especialização em Ortopedia e Traumatologia – Residência Médica no Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP
- Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ.
O cuidado com as crianças e a ortopedia é a fusão das minhas maiores paixões, algo que encaro como uma missão e faço com muito carinho.