domingo, 7 setembro, 2025

Vamos falar sobre adoção?

 

A adoção é uma das formas de amor mais lindas que existe! Durante os últimos cinco anos, a jornalista Ana Davini se dedicou a pesquisar mais sobre o assunto, o que resultou no livro “Te amo até a lua”, lançado no dia 14 de junho pela Editora Magu.

 

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O livro aborda diversas questões dentro do tema, como o mito de que a maioria dos casais que querem adotar escolhem meninas da cor branca, o passo a passo para conseguir adotar uma criança no Brasil e a própria história de Ana, que adotou uma menininha de 1 ano.

O trabalho da jornalista mostra que 62% dos interessados são indiferentes ao sexo do futuro filho e 42% aceitam crianças de todas as raças. Se considerarmos somente as de cor parda, a principal entre as crianças em abrigos (48% do total), o número de interessados sobe para 75%. Ela também mostra que gargalo não é idade. Há apenas centenas de crianças de cada idade até 7 anos para milhares de pretendentes. A situação complica um pouco para crianças entre 8 e 10 anos, e só fica terrível para aquelas a partir dos 11 anos, quando existem 3.954 para apenas 485 candidatos a pais.

Diante deste cenário, a obra de Ana Davini tenta explicar as razões para a morosidade dos processos de adoção e para tantas crianças crescerem em abrigos, muitas delas sem jamais ter uma família. Outros temas, como procedimentos de reprodução humana, endometriose, crack, adoção ilegal, barriga de aluguel e tráfico de bebês, também são abordados. Para completar, inova ao fazer uma investigação sobre a adoção internacional de crianças estrangeiras por pretendentes brasileiros. Tudo o que se sabia até então era sobre o contrário, a adoção de crianças brasileiras por pretendentes estrangeiros.

Ana aceitou bater um papo com o Just Real Moms e explicou um pouco do processo de adoção no Brasil, contou como foi a sua própria experiência e o que a motivou na criação do livro “Te amo até a lua”. Confiram a entrevista na íntegra!

 


 

O que fez você optar pela adoção?

Tentamos a gestação por mais de cinco anos. Primeiro naturalmente e depois com técnicas de reprodução: uma inseminação artificial e uma Fertilização In Vitro. Como eu não queria partir para a segunda In Vitro devido ao imenso desgaste físico, psicológico e financeiro, aceitei na hora quando meu marido sugeriu a adoção. Mas foi um longo caminho porque você inicialmente se sente frustrada por não conseguir gerar um filho biológico.

 

Quais as maiores dificuldades em adotar uma criança no Brasil?

A burocracia e a morosidade, que são enormes. É necessário ter muita perseverança, muita paciência e controlar a ansiedade. Também é preciso ser muito racional para não ceder à tentação de cair na adoção ilegal, que é infinitamente mais rápida.

 

Quais os passos alguém que quer adotar deve seguir?

A forma 100% correta é procurar a Vara de Infância e Juventude mais próxima à residência. A partir daí deve-se entregar uma vasta documentação, fazer um curso dado pelo juiz responsável, participar de reuniões em grupos de apoio e passar por uma série de entrevistas com assistentes sociais e psicólogas. Uma vez que seu cadastro for aprovado, você entra no Cadastro Nacional de Adoção e começa a espera por uma criança. São as Varas que fazem as indicações. Teoricamente, não se pode escolher. Eu digo teoricamente porque também existe a possibilidade de você visitar um abrigo, estabelecer vínculos com uma criança e entrar com o pedido de guarda por meio de um advogado, mas isso é amplamente combatido por juízes da Infância e Juventude em todo o Brasil. Porém, há uma brecha na lei que permite isso principalmente para crianças maiores de 3 anos.

 

O que a motivou a escrever o livro “Te amo até a lua”?

A principal motivação foi ajudar outros casais a encontrarem formas alternativas de ter filhos quando a gestação natural não acontece, como reprodução humana, barriga de aluguel e especialmente adoção, que é o foco central do livro. Também dou dicas para agilizar o processo de ingresso no Cadastro Nacional e de como se preparar para as entrevistas com as assistentes sociais, por exemplo.

 

Qual é a melhor parte da adoção?

Para mim foi descobrir que o meu ceticismo quanto a amores instantâneos terminou no segundo em que vi minha filha pela primeira vez no abrigo. Ela nasceu para nós naquele momento e o amor incondicional junto. Não acho que adoção tenha a ver com caridade. É uma entrega mútua e um presente ter um filho do coração.

 


 

O livro “Te amo até a lua” custa R$ 34,90 e está à venda nas unidades da Livraria da Vila e Livraria Martins Fontes e também pelo link: https://pag.ae/bdW1zb

Mais informações podem ser obtidas em https://www.facebook.com/teamoatealua/

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1 COMENTÁRIO

  1. Bom dia..Meu nome é Márcia de Jundiai -SP ; Gostaria de saber como faço para adquirir o Livro.Já estou inscrita na CNA..Tenho muitas duvidas e quem sabe pelas experencias já passadas pelos autores possam me ajudar. Assisti a entrevista pela Internet e gostei muito.Obrigada.

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