Todas nós mães certamente já tivemos momentos em que sentimos o quanto a maternidade pode ser solitária né? Bom, as 4 dicas abaixo são ideas para relembrar e mudar isto na sua jornada.
Oi Mamãe e Papais! Hoje trouxemos um relato falando de como a maternidade pode ser solitária.
A Dra. Francielle Tosatti – Pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria e especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein conta um pouco sobre a sua jornada!
Ela também traz algumas dicas de como fazer a maternidade, menos solitária!
Aproveite e conheça alguns livros e cursos para te ajudar!
Confira abaixo!
Em todos esses anos de prática pediátrica ouvi diariamente entre as quatro paredes do meu consultório diversas frases e jargões sobre a maternidade que se provaram muito mais reais que folclóricos.
Mas nem mesmo uma década compartilhando física e emocionalmente da maternidade de centenas de mulheres, acolhendo e aconselhando, me preparou para esse momento.
Eu já havia lido e ouvido falar sobre solidão materna, um sentimento tão incompreensível quanto óbvio.
Incompreensível porque para quem está de fora e para aquelas que estão vivendo esse momento pela primeira vez, é difícil compreender que mesmo um momento tão desejado e planejado (e por isso, muito romantizado), possa trazer a sensação de solidão.
E, ao mesmo tempo óbvio, uma vez que de repente tudo muda… para você.
Muitas dessas mudanças não estão na superfície, visíveis aos olhos, mas sim no mais íntimo da alma materna. Esse sentimento, inicialmente, é tão inacessível para os outros quanto para a própria mãe, daí ser tão sensível e delicado.
O tempo passa e enquanto o externo celebra a grande noticia, a nova mãe pode se perceber insegura, talvez revivendo alguma cicatriz da sua própria infância, alguma incerteza pessoal ou profissional.
Ela cogita conversar com alguém mas sente culpa por não se sentir exclusivamente feliz.
Então, a mãe recua e aguarda um movimento solidário em sua direção. Ela quer se sentir vista, mas o mundo volta aos olhos para si, para como o nascimento da criança impactará na sua própria vida e esquece da mãe.
De tão invisível, a mãe esquece de si mesma.
Depois de transitar por todos esses sentimentos, hoje, às 34 semanas da minha primeira gestação escrevo porque lembrei de mim, porque eu vejo você e quero lhe trazer para a superfície.
Se não for ser essa reflexão, tenha a certeza que existirá algo que fará isso por você. Pode ser o primeiro chute do bebê, ou o vigésimo, ou pegar o pezinho aqui do lado de fora, ou o primeiro passinho.
Não há um acontecimento específico ou um tempo exato porque na verdade, se vive uma crescente de amor a cada um desses eventos.
É importante saber que o amor cresce, se transforma e amadurece.
A cobrança por um amor maduro no Beta-HCG positivo é tão ilusória e frustrante quanto teria sido esperar por ele no primeiro date. Embora não sejamos adolescentes aprendendo sobre o amor, essa nova experiência nos coloca em situação pueril, precisamos de colo.
E não precisamos ficar sentadas esperando que esse amparo venha, podemos ser proativas em nosso maternar, colocando nossos sentimentos sob os holofotes daqueles que amamos.
A maternidade pode ser solitária, sim, mas solidão tem solução!
#1 Converse e busque se conectar com outras mães.
Não estranhe se essas mães estiverem fora da aldeia de mulheres da sua família, muitas vezes, você precisará desse espaço para explorar esse território novo, como um pássaro que alça voo, você saberá voltar.
#2 Se joga nos grupos!
A tecnologia tem nos proporcionado essa troca de experiências, esse apoio, esse acolhimento. Saber que outras mulheres passaram pelo mesmo, aprender com suas histórias, dividir as angústias … sentir-se normal. Nutra-se e se fortaleça dessa sensação de pertencimento.
#3 LIGUE para a sua melhor amiga.
Aquela que já teve filho, a que ainda não teve e você. A primeira sem tempo, a segunda com medo de incomodar e você, aí, esperando a ligação.
A maioria das amizades esfriam na maternidade por falta de diálogo.
Ao invés de afastar, o movimento é incluir. Porque não dar o primeiro passo?
#4 Tenha coragem de falar!
É quando censuramos nossos sentimentos que nos tornamos mais vulneráveis, pois essa escolha nos impede de compreendê-los.
Passamos a ter vergonha daquilo que sentimos e por fim, de quem somos. Escolha com sabedoria: acolha seus sentimentos.
E se você estiver se sentindo fraca, com medo de falar, fale com Aquele que é só amor, fale com Deus.
Por fim, se você gostou desse texto da Dra. Fran, aproveite para ler: “Meu filho está IMPOSSÍVEL!” e “Quando vale a pena uma mãe ser chamada de ‘Louca’“.