Cada fez mais, vamos ouvir sobre A jornada para quem busca uma Maternidade Solo! Então, venha conhecer o que deve ser considerado na hora dessa decisão!
Oi Mamães e Papais! Hoje o nosso papo vai trazer um assunto super interessante e que cada vez mais, vocês ouviram por ai: Maternidade solo!
Trouxemos uma especialista em Reprodução Assistida, a Dra. Fernanda Imperial, para contar um pouco sobre esse tema e os principais pontos para considerar na hora de fazer essa decisão!
Então, confira o post sobre maternidade solo abaixo e deixe seu comentário lá no final!
Muitas mulheres estão postergando a maternidade por diversos motivos, sendo a carreira profissional ou a falta de um relacionamento estável os principais deles.
Após a criação de um alicerce profissional, a falta de um parceiro não impede mais a realização do sonho de ser mãe solo por opção! A mãe que cria, cuida, educa e é a responsável legal pela criança.
E assim, com os avanços das técnicas de Reprodução Assistida, ser mãe por meio de uma gestação independente já é possível.
A apresentadora Mariana Kupfer é um exemplo disso e fala abertamente sobre como a ciência foi sua aliada na jornada da maternidade solo.
Porém, antes da decisão de ter um bebê sozinha, avalie sua estabilidade profissional e a rede de apoio para te ajudar com o filho. A maternidade solo não significa que é preciso estar sozinha!
#1 Quais as opções de tratamento para as mulheres nesse caso?
Atualmente, existem duas opções disponíveis: inseminação intrauterina ou fertilização in vitro (FIV). Ambos os procedimentos precisam de um sêmen de doador.
A indicação da inseminação ou fertilização in vitro é feita após avaliação da mulher, da sua saúde, reserva de óvulos, avaliação das tubas uterinas e da idade em que vai fazer o procedimento.
Adicionalmente, a idade da mulher é o principal fator para a taxa de sucesso do tratamento. Na maior parte dos casos, mulheres acima dos 38 anos têm melhores resultados com a fertilização in vitro.
Na inseminação intrauterina é feita a indução de ovulação, uma medicação para deflagrar a ovulação e então a inseminação no útero do sêmen já descongelado e preparado no laboratório.
Já na fertilização in vitro, a manipulação e junção dos gametas – óvulo e espermatozoides é feita fora do corpo da mulher (in vitro) e o embrião já formado é transferido para o útero.
#2 A seleção do sêmen
Após decisão sobre qual o melhor procedimento para a paciente, chega a hora de selecionar o sêmen.
Pode ser de banco nacional ou internacional. As principais características do sêmen internacional:
- Qualidade melhor para inseminação intrauterina
- Maior quantidade de informações, principalmente em relação a doenças genéticas
- Maior diversidade de características físicas
- Número maior de amostras
- Maior custo
- Tempo de espera maior: demora cerca de 2 meses para chegar ao Brasil
Então, quais as características que podem ser analisadas para decidir sobre o sêmen?
- Características físicas (cor dos olhos, cabelo, peso, altura)
- História familiar de doenças
- Avaliação psicológica
- Hobby
- Testes genéticos
- Tipo de sangue
- Idade
- Alguns doadores possuem dados avançados: presença de mutações gênicas (possíveis doenças que podem ser transmitidas para o bebê), fotos de criança, voz do doador.
#3 Vantagens da Fertilização in Vitro (FIV)
Importante dizer que para a inseminação, todo o sêmen é utilizado para uma tentativa. Se o procedimento falhar, precisaremos de uma nova amostra.
Já na fertilização, o sêmen é mais bem aproveitado para formar mais embriões (os óvulos retirados são fertilizados um a um pelos espermatozoides). Adicionalmente, ter embriões excedentes aumentam a chance do procedimento dar certo e também é uma ótima escolha para mulheres que querem ter mais de um filho.
Por isso, a fertilização in vitro acaba sendo a principal escolha das mulheres: pelo melhor aproveitamento do sêmen e pelas taxas de sucesso.
#4 Qual a chance de dar certo o procedimento?
Aos 35 anos, a taxa de sucesso da Inseminação é em torno de 20% e da Fertilização em torno de 50%.
A taxa de sucesso diminui com a idade: aos 40 anos, a chance da inseminação dar certo é em torno de 7%. Já a fertilização, 30%.
Então, se você deseja ser mãe solo por opção, existem tratamentos que te ajudam a realizar esse sonho. A escolha do procedimento deve ser feita após avaliação de um médico especialista.
Por fim, se gostou deste post, aproveite para ler outro também da Dra. Fernanda: “Casais Homoafetivos — Quais As Possibilidades Para Ter Filhos?“.

Sobre a Dra. Fernanda Imperial (CRM 141.770 SP)
Instagram: @DraFernandaImperial
Mãe da Alice e da Lívia, Dra. Fernanda se formou pela faculdade de Medicina do ABC e fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela FMUSP.
Divide sua dupla jornada de trabalho entre maternidade e Reprodução Assistida, ajudando formar novas famílias, contando com sua experiência pessoal e profissional sobre infertilidade.
- Faculdade de Medicina do ABC. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP;
- Especialização em Reprodução Humana no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Fez MBA de gestão de saúde pela Fundação Getúlio Vargas;
- Fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia pela CETRUS;
- Possui Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Certificado de Atuação em Reprodução Assistida pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO);
- É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE);
- Atualmente, é médica da Clínica VidaBemVinda.