Oie, moms!
Como estão?
Quem nos acompanha aqui no blog, sabe que temos um espaço reservado para os textos das nossas leitoras.
No post de hoje, quem nos escreveu foi a Carolina Toledo – autora do texto “Você consegue observar as verdadeiras habilidades do seu filho na primeira infância?“, que é administradora de empresas por formação, mas decidiu deixar o mundo corporativo para cuidar de suas filhas (hoje com 5 e 3 anos).
Há um ano e meio, ela está na área de educação, cursando pedagogia e trabalhando em uma escola na educação infantil por meio período.
Hoje, a Carol fala sobre um dos maiores desafios da maternidade: a educação em casa. Ela também conta como algumas crianças chegam na escola com demandas educacionais que deveriam ter sido preenchidas em casa, fala sobre a estrutura de um lar com pequenos e como o redor pode afetar os filhos.
Confiram!
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Eles ainda são tão pequenos, e já trazem para sala de aula o peso da vida que levam. A menina cujos os pais se separaram, e que não souberam ainda como coordenar a rotina da filha.
Que come mal, que é insegura para fazer as atividades da escola, que é carente com as amizades e desaba no choro porque uma amiga não se sentou do seu lado. Ou o menino cuja a mãe é permissiva demais, porque não tem tempo, e anda batendo em todos os amigos e acabou ficando com a escola a tarefa de ensinar que isso não é legal.
Ou a que trocou de babá, sente saudade e testa todos os limites na tentativa de trazer a antiga babá de volta.
Olhando nossos filhos isoladamente, nem sempre fica claro o impacto que temos em suas vidas. Mas quando observamos grupos com crianças da mesma idade, é incrível como o impacto do contexto familiar nas atitudes das crianças aparece.
Estudos com gêmeos univitelinos relevaram que 50% do que somos vêm da genética e que os outros 50% viriam do contexto social em que estamos inseridos. Ouvi este dado quando minha primeira filha ainda era bebê e desde então tive a certeza do tamanho da minha responsabilidade.
Especialmente na primeira infância, onde a personalidade e o caráter estão se formando, é preciso ter consciência e lembrar sempre do impacto que nossas atitudes podem causar nesses pequenos seres tão lindos e cheios de amor.
O menino não bate porque nasceu assim. Talvez a vontade de bater venha disso, mas cabe aos pais e, em segunda instância a escola, lhe ensinar que não está certo bater. Cabe a nós mostrar o caminho da sociabilidade.
Do que é certo e adequado. Os estudos podem variar, e os percentuais também, mas nada mudará o fato de estarmos aqui há mais tempo, e termos sim a responsabilidade de apresentar às crianças como as coisas funcionam, ou deveriam funcionar.
Mas no meio de tantas tarefas e obrigações é preciso lembrar também que mãe perfeita não existe. Porque o mundo em si não é perfeito, e as circunstâncias muitas vezes nos atropelam. O que existe são muitas formas diferentes e bem particulares para se ser uma boa mãe.
E eu conheço tantas! Que trabalham, que ficam em casa, que estão casadas, que se separaram, que amam a função, ou que sentem e declaram o peso de sua responsabilidade. Mas que têm em comum a consciência de sua importância e o amor incondicional pelas suas crias.
Talvez essa seja a grande questão: ter consciência da importância da educação em casa.
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Adorei!