Oi, meninas!
Tudo bem?
Como mãe e escritora de uma blog materno, posso dizer com alguma certeza que o sono do bebê é um dos motivos que mais preocupa as mamães de primeira, segunda e terceira viagem. Claro que existem as exceções, aquelas mães felizardas cujos filhos já dormem a noite inteira desde a maternidade, rsrsrs!
E para falar do tema SONO com bastante propriedade e conhecimento, convidamos a especialista Renata Soifer Kraiser, psicóloga e autora do livro “O sono do meu bebê”. Para nossa sorte, a Renata é a mais nova colunista do blog, e escreverá alguns textos exclusivamente para nós!
Para inaugurar essa novidade, ela nos enviou um texto superinteressante que fala da maternidade muito além dos tabus que estamos acostumadas a ouvir por aí! É para refletirmos mesmo!
Espero que gostem!
Será que é só uma questão de amamentação e parto? Educação, sono e seus desdobramentos.
Quando os bebês estão para nascer é comum ver as mães refletindo sobre a melhor forma de parir e amamentar. A preocupação é tão grande que eu chego a me perguntar: mas será que é só isso?
Será que precisamos criar um mundo perfeito para nossos filhos, onde é proibido usar a palavra “não” e a frustração é vista como algo a ser evitada a qualquer custo? Seria isso ser uma “boa mãe”?
Ou ainda, o ideal consiste em uma espécie de escravidão, na qual os pais abrem mão de suas vidas pessoais para que os desejos do bebê possam ser prontamente atendidos, até que ele consiga trabalhar e se sustentar sozinho, o que muitas vezes nunca chega a acontecer?
Nesse caminho, os pais perdem o direito ao sono, afinal, dormir (que sempre foi uma função vital) passou a ser sinônimo de egoísmo. Os desejos e necessidades do bebê devem vir em primeiro lugar, e qual o problema passar dois anos sem dormir direito? Passa tão rápido que teremos saudades…
Ledo engano. Ficar sem dormir traz consequências seríssimas. Não há nada de romântico nisso. Gera depressão, pânico e, dependendo da sensibilidade e do tempo que a pessoa fica privada de sono, pode evoluir para casos bem mais severos, como surtos psicóticos.
Então, muita calma nessa hora. Essa equação: quanto mais sacrifício, melhor a maternidade, é uma falácia. E das mais perigosas.
O primeiro impacto costuma ser no casamento. Os papéis de marido/esposa simplesmente ficam esquecidos, adormecidos dentro do casal que agora só tem olhos para sua cria.
E tem que ser assim. Tem mesmo?
Aqui mora o começo de toda a confusão. As pessoas, os autores, as mães, os pediatras e todos os que falam sobre o assunto, costumam confundir as necessidades do recém-nascido com as necessidades do bebê maior.
Um recém-nascido precisa de contato permanente. Precisa da livre demanda, se mamar leite materno. Mas, a partir dos 6 meses, gradativamente, é importante que os pais promovam o processo de independência do bebê.
Isso significa que o bebê precisa aprender a lidar com doses suaves de frustração. Que pode começar a esperar um pouco para ser atendido, precisa começar a se ligar a outras figuras de afeto além da mãe.
Desenvolver resiliência é muito importante.
A mãe não é mais apenas um peito. É necessário ser capaz de ensinar seu bebê a se acalmar de outras formas e não apenas mamando.
Criar uma rotina com horários para almoço, jantar, banho e sono vai ajudar com a disciplina e, ao mesmo tempo, auxiliará o relógio biológico do bebê a ter um ritmo, o que se reflete positivamente no sono, tanto dos pais como do próprio bebê.
Pais e mães que me leem agora: estamos em 2015. A vida não se resume a amamentação e parto. Olhem para seu filho como um ser capaz e não como um coitadinho. Incentivem sua gradual independência. Não tenham medo de colocar limites.
Como dizia Erich Neumann, os limites são tão importantes para o desenvolvimento sadio quando o amor.
Renata Soifer Kraiser é psicóloga e Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Autora do livro “O sono do meu bebê”, ed.CMS, fruto de seu mestrado sobre este tema.
Para conhecerem melhor o trabalho da Renata, acessem: www.terapeuta.psc.br.
Gostei muito do texto, por destacar que quando existe um bebê, existem também outras duas pessoas, tão importantes quanto ele.
Quanto à necessidade de independência e autonomia, não acho que exista um só modelo válido.
Pessoalmente, não acredito na necessidade de um bebê ser independente a esse ponto, mas tenho a impressão de que a questão da idade do bebê é a diferença entre a visão da autora e a minha.
Acho que a contribuição mais valiosa do texto é a idéia de que os pais continuam sendo seres humanos que precisam de bem estar, não só pra cuidar do bebê mas primeiramente porque continuam tendo este mesmo direito. E pegando o gancho do texto, extendo a idéia ao ponto de que cada família pode tranquilamente encontrar o modelo que seja mais adequado para o seu caso específico, seja a maternagem com apego, seja a maternagem mais individualista.
Muito bom o texto.
tive três cesáreas não por opção mas sem nóia. Todos mamaram de 3 em 3 ou 4 em 4 horas e nos primeiros meses já estavam dormindo a noite toda.
Não amamentei em público (sempre que precisei procuro um lugar calmo – para o bebê – e reservado – para mim pois acho desagradável expor tanto o meu quanto ver o de outras).
Entendo o ponto de vista, mas discordo do texto.
Sim. No início é amamentação e parto. O restante faz parte do processo futuro. O neném sai da barriga muito imaturo e precisamos gestá-lo fora do útero, como um canguru. Ele precisa de colo e peito. Bebês de meses não “se acostumam”. Precisamos parar de pensar que pensam como adultos. Eles tem NECESSIDADES. E isso está mais do que comprovado…é só pesquisar. O que fazem com os bebezinhos para se acostumarem a dormir sozinhos, a noite toda se chama CRUELDADE. Não é proposital, pois aprendemos essas crueldades com nossos pediatras “fofinhos”. E a crueldade começa lá no hospital, com condutas desnecessárias. Depois somos instruídas a tratar os bebês como se fossem adultos.
Aconselho a todas as FUTURAS mamães a lerem o livro “NASCER SORRINDO”. Porque no início é só parto e amamentação, sim.
Sofrer mais não necessariamente significa ser melhor mãe. Concordo! Mas discordo quando associam amamentar e cuidar do bebê com sofrimento. Pode ser além do suportável para diversas mães e, para essas, temos que respeitar e acolher. Mas será sempre assim? Se a autoria propõe que um bebê aprenda a lidar com frustrações, o adulto pode ser adaptável a uma nova rotina com o bebê? Não nos adaptamos a coisas mto menos importantes constantemente, por causa de trabalho, ritmo da cidade? Colocar-se no lugar do bebê é um bom exercício. Tem-se falado muito da importância dos mil dias. Isso não tem nada a ver com mimar e ceder a todas as necessidades (porque é humanamente impossível), mas pelo menos temos que estar sensíveis a essas necessidades e trazer conforto. Treinar a não mamar e dormir como nós, adultos, é a saída? Ou podemos apoiar o seu desenvolvimento pq, aos poucos, eles trocam de fase? Deixo aqui o meu relato sobre choro e sono do bebê!
https://blogmaternidadesemneura.wordpress.com/2015/05/24/o-que-tem-de-errado-com-esse-bebe-que-so-dorme-no-peito-e-nao-para-de-chorar/
Enfim uma opinião sensata! Simpatizo com sua posição!
Concordo com você, porque pessoalmente tenha a mesma visão acerca do assunto. Maternei meus filhos com apego porque acredito neste modelo de maternagem como sendo o melhor.
Na verdade, as perguntas que você propõe são até mais importantes que as respostas em si e tendo isto em mente, penso que precisamos respeitar como legítimas, eventuais respostas diferentes das que pessoas como eu e você daríamos.
Sim, inicialmente tudo se resume q um bom parto e uma excelente amamentação! E gradativamente vem o resto! É uma pena que vc não entenda isso! Uma pena para seus filhos também! E não, não sou radical, fiz cesárea inclusive e amamentação + LA.
Concordo Natalia.
só eu que não concordei plenamente com o texto?
ok, a privação do sono é terrível, qdo não durmo a noite fico irritadíssima (a cama compartilhada resolve boa parte do problema)
mas qtas vezes fizemos isso antes dos filhos e estava tudo bem?
eu passei noites na balada, no boteco, estudando… e no outro dia trabalhava com sorriso nos lábios ;)
e agora não vou fazer isso pela minha filha???
qual o problema em não querer ouvir ela chorar?
em não querer vê-la frustrada?
ela terá a vida toda para os outros a decepcionarem não eu que decidi trazê-la a esse mundo
essa é a minha opinião e para a nossa sorte (minha e da minha filha) meu marido pensa igualzinho ;)
e somos felizes assim, pq como eu li num grupo de mães esses dias “uma hora ela vai decidir sair da minha cama, quando ela tiver 15 anos provavelmente vai preferir dormir com o namorado” (e eu vou pirar com isso e querê-la na minha cama novamente) rsrs
Verdade passa muito rápido temos que aproveitar o máximo logo eles vão criar asas e nosso amor e cuidado vai ser essencial pra … Logo eles perdem aquele cheirinho de bebe…aquele olhar de inocência…nossa ai vamos pensar o tempo voou…sem.contar que sou meu neura preciso ver ele dormindo pra eu conseguir dormir tenho aqueles medos sabe se esta respirando se não vai se afogar sofro com isso mas sei que isso tbm vai passar… E como vc disse nós que escolhemos trazer eles ao mundo …
Ótima reflexão, meu filho está com 2 meses, tento seguir rotinas como já o acostumamos ele mamar de três em três horas então ele não pede nos intervalos, de noite ele dorme as 23 e só acorda as 5 o amamento e ele dorme novamente, quero já acostumar a dormir a noite toda, sei que parece ser difícil mas criar limites e ensinar a eles rotinas e sequência e muito importante.
PERFEITO! Eu penso e ajo exatamente assim com meus filhos. Sou a “melhor mãe do mundo que eles têm” e me permito ser antes de feminina, ser humana. E mais ainda me permito falhar e ter defeitos.
Que neura q estão criando em torno da maternidade.
Adorei o texto,era tudo que eu precisava ler.Obrigada!!!
Respondendo à pergunta que abre o texto: perfeito não, pq nada é perfeeeito, mas quanto melhor, melhor! Hehe
se posso fazer mais pq farei menos ;)
Ola, adorei o post. Gostaria de ser comunicada por e mail sobre novos assuntos. Grata luana
Obrigada pelo texto.
Concordo plenamente que nossos filhos devam se desenvolver para ser independentes e aprender aos poucos a lidar com frustrações, além de aprenderem a ouvir o não. É fácil reconhecer um adulto que não ouviu não quando criança.
Sou leitorado blog e já tive a oportunidade de falar muuuuito sobre sono do bebe com a Renata! Que alegria ver um canal para ela poder conversar conosco!
Re, super beijo e parabéns pelo seu lindo trabalho! Nathalia Maia (natura)
Parabens pelo texto!!! Pela primeira vez leio algo de bom senso e que relata não um situaçao de radicalistas mas que ve o conjunto como um todo quando se fala em maternidade… o que envolve o conjunto nao apenas o bebe mas a mae… Mulher e para muitas esposas… Criar um filho amar e educar p enfrentar o mundo não para ser dependente da mae como vejo muitos marmanjos por ai que nao conseguem virar sozinhos…
Muito bem escrito! Caiu como uma luva para mim =)
Perfeito texto!!
Amei o texto! Bem isso… esquecemos de pensar em ouras questões. Preparamo-nos para o parto, para amamentação e para os afazeres domésticos. Mas não preparamos nosso corpo e mente para o que virá. E daí acabamos por nós dedicarmos sem limites. Vou compartilhar o texto! E obrigada! Abraços às mamães!
Ótimo texto, concordo e me vejo em alguns momentos, como uma mãe cansada, uma mãe que deixou de lado a sua vida pessoal pra se dedicar inteiramente e em tempo integral ao seu bebe. Isso não faz de mim uma excelente mãe ou a melhor mãe do mundo, e também não prova que eu amo mais meu filho do que aquela mãe que não mudou nada em sua rotina depois da chegada do bebe. Eu nunca pensei que este modelo de mãe fosse a melhor do mundo, mais me tornei ela depois que vi meu filho pela primeira vez em uma imagem de ultra-sonografia, e se tornar essa mãe dedicada somente ao filho cerca de 3 anos (a idade que ele tem) foi questão de preferência, eu quis, eu decidi e isso não fará do meu filho uma criança nem melhor nem pior que as outras, ele é único e eu também, por isso sempre em qualquer situação quando se é mãe existe um fator que determina o presente em que estamos que é a preferência,. Jamais seria diferente comigo, e respeito o jeito que cada mãe tem de ser e fazer seu filho feliz,. Ninguém saberá cuidar e amar mais um filho do que a própria mãe. E cada uma é perfeita naquilo que vive e faz.
Muito bacana o texto! Aqui em casa meu pequeno está com quase 10 meses e sempre dormiu bem a noite toda. Nos primeiros eu o acordava pra dar mamar, depois deixei e agora ele dorme das 23h às 9h, dou mamadeira pra ele dormindo p não ficar tanto tempo sem se alimentar.
Eu sou bancária, estou no último semestre da faculdade, o pai tbm é bancário e músico, desde cedo começamos a ensina-lo a ser independente para não sofrer tanto com a nossa ausência. Não paramos a nossa vida, não tranquei a faculdade durante a gravidez nem no pos parto, fui muito criticada por isso. Tentava explicar para as pessoas e para o bebê que isso não tem a ver com falta de amor, que eu não o estava abandonando… Tive a sorte de contar com a minha sogra e do meu bebê ser um amor e não dar trabalho. Sei que nem todas tem esse privilégio.
Uma coisa que eu aprendi, ser mãe não tem receita e o que me ajudou foi usar o meu feeling.
Beijos
Daniela, tenha certeza que o fato do seu bebê “ser um amos” não foi sorte. Foi sim o resultado de como você e seu marido encararam a gravidez e vida de maneira geral. Parabéns!
Oi, querida. Tudo bem? Pra que acordar a criança pra mamar? Não é necessário…
Tenho sofrido muito em relação ao trabalho, sinto-me culpada por deixar meu filho de 01 ano nas mãos de babá. E quando estou de folga abro mão de tudo (marido, sono, vaidade, tudo) para compensar essa falta. Estou extremamente cansada e nao sei o que fazer!
Meu filho tem dois anos e dois meses e ainda faz meu peito de chupeta. Não sei mais obque faço. Peço qjuda de vcs para me ajudarem, pois já não aguento mais.
não faz de chupeta, isso é instinto…
Bebês não fazem seio de chupeta. Eles mamam porque precisam de alimento, de carinho, aconchego, proteção. Relaxe e curta esse momento! Vai passar logo!
Milla o bebê não chupeta. Essa expressão é absurda porque isso é um instinto do bebê, pois a chupeta é uma intrusa na verdade. Converse com ele e imponha limites de forma carinhosa. Seu bebê certamente lhe entenderá. Bjs e força.
Já está na hora de desmamar acima de dois anos já é dependência emocional… De bastante carinho e atenção para q ele deixe de mamar e vá explicando e dizendo o não para q entenda q esse leite não traz mais nenhum benefício
Boa sorte
Excelente reflexão… só esqueceram de avisar à mídia e aos politicamente corretos que essa “lavagem cerebral” das cobranças de uma “boa mãe” são irritantes!
Quando leio textos de bom senso como esse fico mais aliviada e tenho a nítida sensação de ter feito da melhor forma.
Parabéns, Renata!
Tava precisando ler isso…