sábado, 4 outubro, 2025

10 razões pelas quais aparelhos móveis devem ser proibidos para crianças menores de 12 anos!

 

Oi, meninas!

Estes dias foi publicado um artigo no site Info Exame (Editora Abril), sobre a idade ideal para as crianças terem acesso à aparelhos móveis.

Não é uma tarefa fácil proibir as crianças do uso de qualquer tipo de aparelho móvel (celular, tablet e jogos eletrônicos) antes dos 12 anos. Acho, na verdade, até um pouco radical, apesar de ter todo um embazamento e mil estudos por trás destas afirmações. Eu mesma não consigo ter essa disciplina com meus filhos.

Dar celular próprio para os filhos apenas com essa idade também deve ser super difícil porque é uma forma de controlarmos nossos pequenos, mas concordo que este é o ideal. Afinal, nós passamos nossa infância e adolescência inteira sem a existência desse aparelho e vivemos muitíssimo bem!

Achei interessante e pertinente compartilhar com vocês este texto! Vejam o que acham e deem suas opiniões a respeito!

Mil Bjss

 

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A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria afirmam que crianças de 0 a 2 anos não devem ter nenhuma exposição à tecnologia, crianças de 3 a 5 anos devem ser limitadas à uma hora de exposição por dia e crianças e adolescentes de 6 a 18 anos devem ser restritas a duas horas por dia (AAP 2001/13, CPS 2010). Crianças e jovens usam de quatro a cinco vezes a quantidade de tecnologia recomendada, provocando consequências graves e, em muitos casos, colocando suas vidas em risco (Fundação Kaiser 2010, Active Healthy Kids Canada 2012). Aparelhos eletrônicos móveis (telefones celulares, tablets, jogos eletrônicos) aumentaram muito o acesso e uso de tecnologia, especialmente por crianças muito pequenas (Common Sense Media, 2013). Como terapeuta ocupacional pediátrica, convoco pais, professores e governos a proibir o uso de todos os mobiles para crianças com menos de 12 anos. Seguem dez razões, todas apoiadas em pesquisas, para justificar essa proibição. Para ter acesso às pesquisas com referências, procure o Zone’in Fact Sheet no site zonein.ca.

 

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1) Crescimento cerebral acelerado

Entre 0 e 2 anos de idade, o cérebro da criança triplica de tamanho, e ele continua em estado de desenvolvimento acelerado até os 21 anos de idade (Christakis 2011). O desenvolvimento cerebral infantil é determinado pelos estímulos do ambiente ou a ausência deles. Já foi comprovado que o estímulo a um cérebro em desenvolvimento causado por superexposição a tecnologias (celulares, internet, iPad, TV) é associado ao déficit de funcionamento executivo e atenção, atrasos cognitivos, prejuízo da aprendizagem, aumento da impulsividade e diminuição da capacidade de se autorregular, por exemplo, acessos de raiva (Small 2008, Pagini 2010).

 

2) Atraso no desenvolvimento

O uso de tecnologia restringe os movimentos, o que pode resultar em atraso no desenvolvimento. Hoje uma em cada três crianças ingressa na escola com atraso no desenvolvimento, o que provoca impacto negativo sobre a alfabetização e o aproveitamento escolar (HELP EDI Maps 2013). A movimentação reforça a capacidade de atenção e aprendizado (Ratey 2008). O uso de tecnologia por menores de 12 anos é prejudicial ao desenvolvimento e aprendizado infantis (Rowan 2010).

 

3) Obesidade epidêmica

Existe uma correlação entre o uso de televisão e videogames e o aumento da obesidade (Tremblay 2005). Crianças às quais se permite que usem um aparelho digital no quarto têm incidência 30% mais alta de obesidade (Feng 2011). Uma em cada quatro crianças canadenses e uma em cada três crianças americanas são obesas (Tremblay 2011). 30% das crianças com obesidade vão desenvolver diabetes, e os obesos correm risco maior de AVC e ataque cardíaco precoce, resultando em grave redução da expectativa de vida (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 2010). Em grande medida devido à obesidade, as crianças do século 21 talvez formem a primeira geração da qual muitos integrantes não terão vida mais longa que seus pais (Professor Andrew Prentice, BBC News 2002).

 

4) Privação de sono

60% dos pais não supervisionam o uso que seus filhos fazem de tecnologia, e 75% das crianças são autorizadas a usar tecnologia no quarto de dormir (Fundação Kaiser 2010). 75% das crianças de 9 e 10 anos têm déficit de sono em grau tão alto que suas notas escolares sofrem impacto negativo (Boston College 2012).

 

5)  Doença mental

O uso excessivo de tecnologia é um dos fatores responsáveis pelas incidências crescentes de depressão infantil, ansiedade, transtorno do apego, déficit de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento infantil problemático (Bristol University 2010, Mentzoni 2011, Shin 2011, Liberatore 2011, Robinson 2008). Uma em cada seis crianças canadenses tem uma doença mental diagnosticada, e muitas tomam medicação psicotrópica que apresenta riscos (Waddell 2007).

 

6) Agressividade

Conteúdos de mídia violentos podem causar agressividade infantil (Anderson, 2007). A mídia de hoje expõe as crianças pequenas a cada vez mais violência física e sexual. O game “Grand Theft Auto V” retrata sexo explícito, assassinato, estupros, tortura e mutilação; muitos filmes e programas de TV fazem o mesmo. Os EUA classificaram a violência na mídia como Risco à Saúde Pública, devido a seu impacto causal sobre a agressividade infantil (Huesmann 2007). A mídia informa o uso crescente de restrições físicas e salas de isolamento para crianças que exibem agressividade descontrolada.

 

7) Demência digital

O conteúdo de mídia que passa em alta velocidade pode contribuir para o déficit de atenção e também para a redução de concentração e memória, devido ao fato de o cérebro “podar” os caminhos neurais até o córtex frontal (Christakis 2004, Small 2008). Crianças que não conseguem prestar atenção não conseguem aprender.

 

8) Criação de dependência

À medida que os pais se apegam mais e mais à tecnologia, eles se desapegam de seus filhos. Na ausência de apego parental, as crianças podem apegar-se aos aparelhos digitais, e isso pode resultar em dependência (Rowan 2010). Uma em cada 11 crianças e jovens de 8 a 18 anos é viciada em tecnologia (Gentile 2009).

 

9) Emissão de radiação

Em maio de 2011 a Organização Mundial de Saúde classificou os telefones celulares (e outros aparelhos sem fios) como risco de categoria 2B (possivelmente carcinogênico), devido à emissão de radiação (OMS 2011). Em outubro de 2011, James McNamee, da Health Canada, lançou um aviso cautelar dizendo: “As crianças são mais sensíveis que os adultos a uma série de agentes, porque seus cérebros e sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento.” (Globe and Mail 2011). Em dezembro de 2013 o Dr. Anthony Miller, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Toronto, recomendou que, com base em pesquisas novas, a exposição a frequências de rádio seja reclassificada como risco de categoria 2A (provavelmente carcinogênico), não 2B (possivelmente carcinogênico). A Academia Americana de Pediatria pediu uma revisão das emissões de radiação de campo eletromagnético de aparelhos de tecnologia, citando três razões relativas ao impacto sobre as crianças (AAP 2013).

 

10) Insustentável

O modo em que as crianças são criadas e educadas com a tecnologia deixou de ser sustentável (Rowan 2010). As crianças são nosso futuro, mas não há futuro para crianças que fazem uso excessivo de tecnologia. É necessária e urgente uma abordagem de equipe para reduzir o uso de tecnologia pelas crianças.

As Diretrizes de Uso de Tecnologia para crianças e adolescentes, vistas abaixo, foram desenvolvidas por Cris Rowan, terapeuta ocupacional pediátrica e autora de Virtual Child; o Dr. Andrew Doan, neurocientista e autor de Hooked on Games; e a Dra. Hilarie Cash, diretora do Programa reSTART de Recuperação da Dependência da Internet e autora de Video Games and Your Kids, com contribuições da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Pediátrica Canadense, no intuito de assegurar um futuro sustentável para todas as crianças.

 

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Fonte: Info Exame

Conteúdo exclusivo do site Just Real Moms. 
Categoria: Gravidez, maternidade, blog de mãe, blog para mãe, dicas de mãe, dicas para grávidas, dicas de maternidade.

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31 COMENTÁRIOS

  1. Apesar da matéria citar vários estudos, não temos acesso a eles, ou seja, os resultados podem ser tendenciosos e nós não temos fomo saber. É difícil analizar crianças de apenas uma região do mundo (e poucas crianças) e afirmar danos reais a todas as crianças do mundo são afetasdas da mesma forma.voutro ponto é o fatos da incidência de doenças como déficit de atenção, bipolaridade, agressividade, essas doenças são desenvolvidas com um quadro familiar complicado ou até geneticamente, não tem como afirmar que é somente o uso do aparelho eletrônico que causam esses problemas.
    Fui criada usando videogames e televisão aqui em casa, sempre joguei por horas todo o tipo de jogo. Meus pais impunham limites de tempo e controlavam, mas não me impidiam de jogar. Eu sou uma pessoa normal, não sou violenta, nunca bati em ninguém (em 27 anos).
    Um fato real, que é o único que apoio essa matéria, é a distração, falta de foco, insônia e vício causados pela velocidade da informação e necessidade de estar sempre conferindo a internet. Eu como adulta, passo por isso, tendo que evitar o uso de aparelhos eletrônicos em horas do dia que preciso de concentração, uma criança não tem essa maturidade de decidir quando parar. Tudo em excesso faz mal para qlqr pessoa, as crianças precisam sim de supervisão. Mas bloquear o uso é um exagero.

  2. Muito difícil de opinar, como impedir uma criança de ver tv, por exemplo, antes dos 3 anos? A maioria dos pais trabalham, as crianças são deixadas ou com babá, escolinhas ou creches. Claro que eu como mãe gostaria que meu filho tivesse uma infância como a minha, mas vivemos em outros tempos, quanto mais eu reprimir o uso da tecnologia mais ela vai ser interessante. Acho que nossa missão nesse momento é ter prudencia e sabedoria para dar limites ao invés de alimentar uma curiosidade sem necessidade. Conversar ainda vai ser a melhor forma para educar nossos pequenos, carinho e amor vão fazer entende-los que os “brinquedos novos” tem hora e tempo limitado de uso durante o dia! Procurar fazer programas em família com os filhos longe de toda essa loucura e mostrar da melhor forma outros entretenimentos tão interessantes quantos os que eles conhecem e são extremamente disponíveis.

  3. Parabéns às Blogueiras pela reportagem! Tenho um filho de 3,5 anos que diferente dos amiguinhos que já dominam jogos em tablet’s e celulares, não sabe sequer colocar um vídeo no celular, o que acontece com muita raridade!!
    Ele não sabe mexer e eu também não ensino. Muito raramente ele pede pra ver um desenho diferente que não tem na Televisão ou nos DVD’s que ele possui, mas é só! Não sinto nenhum pouco de remorso dos amigos estarem muito à frente dele no que diz respeito à aparelhos digitais. Li muito, sei que faz mal, e por isso ele vai demorar para ter um desses aparelhos! Nem TV no quarto ele tem! Deixamos ele ver TV na sala até o horário combinado e depois é banho e cama! Dói às vezes dizer não mas sei que não irei me arrepender no futuro! Acho que o que crianças nessa idade precisam é de muita brincadeira saudável, muito Amor e muita atenção ou seja, coisas que exigem tempo dos pais que, muito comumente afirmam que não têm tempo pra isso e é justamente aí que os mesmos pecam!! Abraços,

  4. Acredito mesmo em cada item descrito. Estamos passando por tempos de diversas transformações do modo de viver de cada famia ou membro da sociedade e uma delas diz respeito ao uso indevido e acelerado da tecnologia. Fui uma criança que cresceu entre os irmãos e com muita liberdade de espaço onde o brincar e as pequenas responsabilidades faziam parte de nossa vida. Passados alguns anos hoje tenho uma única filha de cinco anos inteligente, amável e carinhosa mas q percebi o quanto gosta de estar com os eletrônicos dos quais manuseia muito bem e começamos a identificar sua transformação e grau de irritabilidade quando saía dos eletrônicos . Fato q nos espantou e começamos a cortar mesmo e na medida em q o fazíamos começamos a perceber mudanças significativas . Sendo assim nós também passamos a não mais usá-los c a mesma frequência em casa e nos propomos a dar mais atenção a ela dividindo as tarefas e responsabilidades referentes ao seu cuidado . Ela estava na escola com uma avaliação ruim desafiadora, inquieta, às vezes desrespeitosa e agora para nossa surpresa a prestou uma avaliação bem positiva para o avançando ou em andamento . Temos certeza q se continuarmos irá crescer mais saldavel e feliz , lembrando sempre q devemos nos enquanto pais ou responsáveis oportunizarmos ambiente agradável em casa onde haja muito diálogo e amor embora sejamos mais duros em determinados momentos. Crianças amam estar com os pais quando realmente estamos com eles . Levei tempo para aprender q os avanços requerem dedicação e não é tarefa fácil . Fácil é permitir o uso dos eletrônicos! Todos ficam acomodados e permite uma falsa sensação de socego e liberdade. Obrigada por reforçarem minha caminhada e os desafios ainda em andamento.

  5. Ola, meu nome é Lucas, tenho 12 anos e uso aparelhos eletrônicos desde os 9, e os aparelhos apenas aumentaram minha concentração, meu raciocínio e minha inteligência. Creio que os aparelhos não precisam ser proibidos, mas para não sair fora do controle, os pais devem controlar e impor limites, usando a tecnologia para o bem, não para o mal.

    • educar para responsabilidade, saber usar a tecnologia para seu conhecimento e usar com moderação… não necessariamente nesta mesma ordem…tudo ao seu tempo, esse é o caminho.

  6. Maravilhosa essa orientação
    .Sou mãe de 3 garotos, medica; e sou considerada uma Malévola por tentar restringir o uso dessas tecnologias abençoadas ,mas que como tido na vida, precisam ser dosadas.
    Como é tudo muito novo e rápido. .
    a melhor abordagem é:use com moderação.
    Vamos nos unir para trazer essa consciência e proteger nossos futuros CEOs, afinal vamos envelhecer num mundo gerenciado por eles.
    Parabéns mais uma vez.

    • acho que esta matéria foi feita por um pesquisador que ainda usa ábaco e anda de carroça, concordo que deva haver limites, mas tb acho importante as crianças desde cedo conviverem com estas tecnologias que irão estar a cada dia mais presente na vida delas e irão fazer parte do futuro, seja qual for a área de atuação delas no futuro….num mundo atual onde robôs já fazem cirurgias e as crianças desde cedo já são estimuladas a competir e se preparar para o mundo…não podemos privá-las de ter acesso a tecnologia, correndo o risco de serem deixadas para trás pelos colegas. concordo que td isso que foi mencionado é muito bonito, mas devemos preparar nossos filhos para o encarar o mundo e não colocá-las numa bolha, correndo o risco de se frustarem no futuro.

  7. Estou de pleno acordo, há várias opções de brincadeiras e jogos divertidos que não envolvem a tecnologia, crianças tem que correr, pular, se sujar, se divertir. Tecnologia é um atraso na vida de uma criança.

  8. Concordo porém, acho que a questão de jogos, estilo videogame, que não são violentos (carro, futebol…) não precisam ser tão restritos para crianças de dez anos, por exemplo.

    Ganhei meu MasterSystem com 7 anos e jogava duas horas por dia. Como sempre tive uma infância jogando bola, andando de “bike” e correndo não acho um problema em sentar por duas horas e jogar um pouco para crianças de 9,10 anos. Acredito que o equilíbrio e a supervisão é essencial para 80% das atividades na faixa das 9 ao 12 anos.

  9. Concordo plenamente com tudo o que li e acho ridiculo crianças de tenra idade terem telemovel e acesso indicriminado a tablets e computadores. Faço um reparo: O jogo Gran Theft Auto tem conteudos inapropriados mas é por isso que é para maiores de 18 anos. Aqui a responsabilidade é dos pais que nao vêm a classificação etaria e comprao todos os jogos que o menino quer.

  10. Acho que devemos ficar atentos, pois a pesquisa foi realizada por orgãos competentes, Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria, e muito embasamento científico atual.

  11. Concordo plenamente com a reportagem. É visível a falta de opções de brincadeiras para as crianças pois tanto os pais como o mercado investem exageradamente em produtos eletrônicos. Acho importante que as pesquisas comprovem os malefícios dessas distrações, pois na época atual, do intelecto, estas informações empactam e podem transformar o as condutas dos pais.

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