Oi, moms,
Tudo bem?
Depois que começamos a escrever o blog, percebemos que as crianças com APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca) são muito mais comuns do que pensavamos. Felizmente nenhum dos meus filhos, nem os filhos da Re, têm essa alergia, por isso nunca conseguimos falar sobre o assunto assunto com muita propriedade.
Pensando nisso, convidamos para escrever aqui no blog a Cecilia Cury, mãe do Rafael, que tem alergia alimentar e que fundou junto com outras mães, a campanha de sucesso chamada Põe no Rótulo, que pretende forçar as grandes empresas a declarar todos os ingredientes de que são compostos os produtos.
No post de hoje, a Ceci fala sobre a dieta que ela teve que fazer quando estava amamentando seu filho. Muito interessante, espero que vocês gostem!
………………………………………………………………………………………………………………………….
Dieta sem alérgenos: a única dieta que fui capaz de fazer na vida
Quando tinha 1 mês e meio de vida, meu filho Rafael foi diagnosticado como alérgico às proteínas do leite e da soja. Para algumas mães, o diagnóstico de alergia alimentar vem como uma bomba. Aqui, a primeira sensação foi de alívio! Finalmente, tínhamos uma explicação para as mamadas nada tranquilas, para as sonecas tão curtas, para as noites praticamente em claro, para que aquele nariz constantemente entupido finalmente passasse a respirar tranquilamente.
E o que eu precisaria fazer para que esses sintomas virassem passado para sempre? Muito simples: era só excluir leite, soja e seus derivados de minha dieta…
Muitos questionaram se o que eu comia realmente passava para o leite, o que sempre rebati respondendo que o alimento, assim como medicação, álcool e drogas “passam” pelo leite materno.
Para que tanto sacrifício, diziam? Não via como sacrifício. Sempre enxerguei como a possibilidade concreta de me colocar no lugar do meu filho e fazer com que ele não sentisse mais dor. Nada mal poder eliminar o sofrimento do meu filho apenas cuidando de minha dieta.
Mas nem tudo são flores… Uma das primeiras lições que aprendemos – muitas vezes a duras penas – é que os rótulos nem sempre trazem informações claras a respeito da presença dos alérgenos: nomes complicados, noutra língua, omissão quanto ao risco de traços…
Assim como aconteceu aqui na minha casa, são diversos os relatos de mães que, como eu, amamentaram (ou amamentam ainda) e que se desdobram para garantir a saúde de seus filhos e filhas.
E tudo fica um tanto menos complicado quando estas mães se reúnem em grupos de ajuda: trocas de receitas, trocas de informações sobre produtos sem alérgenos, troca de experiência sobre convívio familiar, integração na escola e ida a festinhas.
Desta união, nasceu uma campanha que busca conscientizar a população sobre a importância de se rotular os alérgenos de maneira destacada: Põe no Rótulo. #poenorotulo.
Cecilia Cury, mãe do Rafael, que tem alergia alimentar, e da Carol, advogada e coordenadora da campanha Põe no Rótulo.
https://www.facebook.com/poenorotulo
https://twitter.com/poenorotulo
http://instagram.com/poenorotulo