Nesses últimos tempos, e com tanto tempo dentro de casa, tivemos que entreter as crianças de diferentes formas. O papo de hoje vai ser sobre o pula-pula!
Oi mamães e papais! Temos uma pergunta para vocês: O seu filho gosta de pula-pula?
Quem de vocês também não teve que se “rebolar nos 30” para achar diferente formas de entreter os filhos dentro de casa.
Aqui, todas as mamães do Just Real Moms tiveram que ser criativas também, viu…
Bom, hoje vamos falar do famoso pula-pula que sabemos que é uma sensação entre as crianças, né? Mas, por outro lado é o grande responsável por muitos dos machucados – alguns que podem ser bem graves.
A nossa colunista, Dra. Natasha Vogel – especialista em Ortopedia Pediátrica – conta quais são os riscos e algumas dicas de segurança!
Beijos!
Em época de pandemia as atividades domiciliares se tornaram protagonistas, e sabemos que os acidentes domésticos aumentaram na população pediátrica nesse período.
Um dos brinquedos favoritos de algumas crianças é o famoso Pula-Pula.
Esse brinquedo está presente no mercado de diversos tamanhos, por isso é possível montar um em casa ou até mesmo no apartamento. Sem contar que as crianças adoram.
Mas, será que nós pais devemos nos preocupar com um brinquedo que parece tão inocente? Qual são os cuidados?
Recentemente alguns trabalhos foram publicados e demonstraram um aumento na incidência de traumas provocados pelo uso domiciliar do pula-pula durante a fase de isolamento social para controle da Covid-19.
Mas quais são as lesões que eles podem provocar?
Contusões e entorses são as lesões mais comuns, sendo que a principal é o entorse do tornozelo.
E ainda, ao falarmos de fraturas relacionadas a cama elástica, os membros superiores são os mais acometidos, principalmente, cotovelo e antebraço.
Já os traumas de crânio e coluna cervical chegam a representar de 10-17% de todas as lesões que ocorrem nesse brinquedo e podem ser potencialmente graves.
Estes acidentes são tão frequentes assim?
Sim, nos EUA são responsáveis por quase 100.000 visitas na emergência por ano. Impressionante, né?
Quais são os riscos?
- As crianças com menos de 6 anos tem maior risco, sendo que a maioria dos acidentes ocorre no pula-pula de casa;
- As cambalhotas e saltos tem um risco aumentado para lesões medulares cervicais, e por isso eles devem ser desestimulados;
- A presença de múltiplas crianças está relacionada a ¾ de todas as lesões que ocorrem nesse brinquedo;
- Quando há crianças com pesos e idades muito diferentes compartilhando o pula-pula, as crianças menores têm 14 vezes mais chances de se machucarem.
Então, o que nós pais podemos fazer?
Primeiro, é importante ressaltar que a Academia Americana de Pediatria, desencoraja o uso domiciliar do pula-pula. E mesmo assim, ele continua sendo popular e cada vez mais frequente.
Contudo, existem algumas dicas de segurança para diminuir a probabilidade dos nossos filhos se machucarem.
São elas:
- Supervisão adulta constante, e principalmente, fazendo as orientações de segurança serem cumpridas;
- Adequado acolchoamento protegendo nas estruturas metálicas e molas. Ele deve estar em boas condições e apropriadamente colocado, deve ser de tamanho adequado e de boa qualidade;
- Apenas UMA criança de cada vez na cama elástica;
- Evitar giros e cambalhotas;
- Ausência de escadas, pois isso evita que crianças acessem a cama elástica sem a supervisão de um adulto.
- Ela deve ser fixada no nível do solo sempre que possível ou, em uma superfície nivelada em uma área livre e distante de qualquer perigo, como árvores e muros;
- A manutenção deve ser frequente, com a substituição apropriada do acolchoamento e redes quando necessário.
Lembrando: Brincar é muito bom, mas brincar com qualidade e segurança é muito melhor!!!
Por fim, se gostou de post, veja outro da Dra. Natasha Vogel: “8 dicas para ajudar o seu filho(a) a sentar, com segurança!“.