Você sabe quais são as possibilidades para casais homoafetivos tem para ter filhos? Confira este post!
Oi Meninas e meninos! Hoje vamos falar sobre as possibilidades para casais homoafetivos terem filhos, ainda seguindo a celebração do mês do orgulho LGBTQIA+, por mais que já tenha virado o mês.
Semana passada fizemos no Instagram um post lindo para celebrar o mês do orgulho LGBTQIA+ (celebrado mundialmente em junho) com fotos lindas de 10 famílias LGBTQIA+.
Para quem não sabe bem, o mês de junho é conhecido mundialmente como o Mês do Orgulho LGBTQIA+. O mês marca a rebelião de Stonewall que aconteceu em junho de 1969, em Nova York!
Ao longo do mês de junho, inúmeras celebrações são feitas ao redor do mundo para pacificamente protestar e seguir com a conscientização, aumentando a visibilidade para educar sobre todas as questões importantes para a comunidade LGBTQIA+.
Nós apoiamos e vamos seguir apoiando este movimento. Acreditamos que amor é amor e que as identidades devem ser respeitadas por todos em todas as formas.
A Dra. Fernanda Imperial – especialista em Medicina Reprodutiva – compartilha quais são as possibilidades para casais homoafetivos terem filhos!
Confiram abaixo!
A vontade de formar uma família vai muito além das relações heteronormativas. Para casal homoafetivo, que tem o sonho de ter filhos biológicos, atualmente, existem possibilidades para tornar isso possível.
Quer saber quais são as opções? Continue acompanhando o conteúdo!
Casais homoafetivos feminino — Quais são as possibilidades para gravidez biológica?
Para os casais compostos por mulheres, existem duas formas possíveis para que possam ter filhos biológicos, são elas: Inseminação artificial e FIV (Fertilização In Vitro).
Para inseminação, primeiro é preciso decidir qual das parceiras irá fazer o procedimento.
Após essa decisão, são feitos alguns exames, principalmente para verificar se as tubas uterinas estão normais e, estando tudo bem, pode ser recomendado o procedimento.
Após essas verificações e a decisão pela inseminação, é selecionado o sêmen de um doador anônimo, que pode ser de banco nacional ou internacional.
Depois inicia-se a estimulação ovariana e dependendo da quantidade de óvulos que são liberados, pode ser que ocorra, até mesmo, uma gestação múltipla.
Então, para que a inseminação artificial tenha maiores chances de sucesso é necessário:
- que as tubas uterinas não tenham alterações;
- idade abaixo dos 37 anos;
- boa reserva ovariana.
Já para o processo da FIV é necessário a definição de qual parceira irá doar os óvulos, qual irá gerar o bebê e selecionar um sêmen doado.
O que difere da inseminação é que, além do tratamento da FIV clássica, que consiste em selecionar os óvulos da paciente, injetar esse sêmen doado, formar os embriões e transferir para o útero, pode ser feita uma outra modalidade, que é a gestação compartilhada.
Nessa modalidade de gestação compartilhada é coletado o óvulo de uma parceira e inserido o embrião formado a partir desse óvulo no útero da outra parceira. Ou seja, uma pessoa doa o óvulo e a outra gera o possível bebê.
Na FIV as chances de gravidez acabam sendo maiores, pois há mais controle da fertilização dos óvulos e formação dos embriões no laboratório. Esse tratamento é indicado para pacientes com:
- alteração tubária;
- baixa reserva ovariana;
- endometriose profunda;
- idade acima dos 37 anos;
- mulheres que queiram optar pela gestação compartilhada.
Casais homoafetivos masculino — Quais são as possibilidades para gravidez biológica?
Para os homens que querem filhos biológicos, a única alternativa possível é a FIV. Para isso, a primeira etapa consiste em selecionar os óvulos, que são doados anonimamente.
Selecionando a doadora, é preciso escolher o sêmen dos parceiros, que pode ser de apenas um de ambos. Porém, é importante ressaltar que não é feita uma mistura entre as amostras desêmen.
Quando os dois optam por doar, o casal pode até não saber quem forneceu o sêmen que gerou o embrião, mas o laboratório precisa saber.
Então, feita essa seleção, é necessário encontrar uma barriga solidária. Segundo o Conselho Federal De Medicina, é permitido que essa pessoa seja um parente de até quarto grau de um dos cônjuges.
Se por acaso não tiver uma parente que possa gerar o embrião, é preciso pedir uma autorização ao conselho, para que outra pessoa possa ser a barriga solidária.
No Brasil, não é permitido nenhum vínculo financeiro para a mulher que decide gerar o embrião para o casal.
Gostou de saber as possibilidades para gerar um filho biológico do casal homoafetivo? Então, confira também o artigo sobre a diferença entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial.
Por fim, para ler mais posts dos especialistas da Clínica Vida Bem Vinda, vejam: “Como Saber Se Sou Infértil — Descubra Quais Sinais Todo Homem Deve Se Atentar” e “Por que manter a saúde sexual é tão importante para o corpo?”

Sobre a Dra. Fernanda Imperial (CRM 141.770 SP)
Instagram: @DraFernandaImperial
Mãe da Alice e da Lívia, Dra. Fernanda se formou pela faculdade de Medicina do ABC e fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela FMUSP.
Divide sua dupla jornada de trabalho entre maternidade e Reprodução Assistida, ajudando formar novas famílias, contando com sua experiência pessoal e profissional sobre infertilidade.
- Faculdade de Medicina do ABC. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP;
- Especialização em Reprodução Humana no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Fez MBA de gestão de saúde pela Fundação Getúlio Vargas;
- Fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia pela CETRUS;
- Possui Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Certificado de Atuação em Reprodução Assistida pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO);
- É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE);
- Atualmente, é médica da Clínica VidaBemVinda.