Oi, meninas!
Estamos recebendo vários e-mails pedindo para falarmos sobre alergia alimentar, que é um tema preocupante em crianças pequenas no qual às vezes podemos ficar um pouco perdidas na hora de identificar os sintomas.
Estima-se que afete entre 6% e 8% das crianças de até três anos e de 2% a 3% da população adulta brasileira. Os sinais imediatos de uma reação alérgica incluem urticária e vermelhidão (principalmente em torno da boca, dos olhos e do nariz), inchaço nos olhos e no rosto, nariz escorrendo ou entupido, espirros, olhos lacrimejando, coceira na boca, irritação na garganta e até náusea, vômito e diarreia.
Os sintomas de reação tardia são refluxo gastroesofágico, cólica, diarreia, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes e dermatite atópica.
Tais ocorrências são comuns em bebês e, portanto, os resultados de exames podem não indicar a alergia, que é apenas uma das explicações. Por isso, é necessário que o médico investigue a fundo o histórico clínico do paciente, a fim de descartar demais causas e fazer o diagnóstico correto. Dentre os principais alimentos que podem causar alergia, estão leite de vaca, ovo, amêndoas, amendoim, frutos do mar e crustáceos e milho.
É muito importante que as empresas informem o consumidor sobre os ingredientes presentes na composição de cada alimento, para que este esteja ciente e possa avaliar o consumo. A campanha Põe no Rótulo tem como objetivo conscientizar as empresas sobre o perigo de não colocar no rótulo os ingredientes potencialmente alergênicos.
Com o final de ano se aproximando, as festinhas de crianças preocupam muitas mães de filhos com alergia.
Confiram o texto da Cecília Cury, criadora da campanha mencionada:
Inclusão no dia das crianças
Datas comemorativas sempre fazem acender a luz do radar das mães de crianças que precisam seguir dietas especiais, como as que têm alergia alimentar, intolerância à lactose, doença celíaca, diabetes…
Pode parecer só mais uma festinha na escola, mas existem algumas crianças cuja saúde depende da observância de rígida dieta, e se não houver um cuidado especial, a festa pode se tornar um pesadelo.
A melhor maneira de garantir a inclusão é o diálogo entre escola e pais, que devem conversar com antecedência sobre quais os planos para comemorar o Dia das Crianças, o que será servido no lanche, se haverá distribuição de brindes ou preparo de algum prato em conjunto pela turma.
Juntas, família e escola, poderão pensar em um cardápio que possa atender a todas as crianças, ou ao menos não expor alguém mais sensível a um risco de reação (imaginem uma criança com alergia grave ao leite tendo que conviver com uma sorvetada no pátio da escola).
Por vezes, o mais seguro é a família mandar uma marmita especial para a criança, assim como alternativas para os brindes que porventura possam ser distribuídos.
Se a ideia do Dia das Crianças é homenagear os pequenos (algumas escolas fazem a Semana da Criança…), nada mais justo do que todos poderem comemorar juntos e com segurança.
Cecilia Cury, advogada e coordenadora da campanha Põe no Rótulo, mãe do Rafael, que tem alergia alimentar, e da Carol.
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