No post de hoje, nossa colunista e amiga Karina Godoy, traz um breve relato de mãe sobre quão rápido os filhos crescem, momentos passam e como, a cada dia, nossos filhos se tornam mais e mais independente.
Escrevo esse relato de mãe enquanto a minha filha está sentada no sofá assistindo um desenho. Não exatamente sentada, rs, mas com as pernas para cima, segurando um pé e balançando o outro braço, quase um contorcionismo.
Vocês conseguem imaginar essa cena, né?
Me dei conta disso vivendo intensamente num mundo chamado “férias escolares”.
Eu trabalhando e ela em casa. Em alguns dias eu consegui remanejar a agenda e fiquei totalmente em função dela. Saímos, brincamos, foi uma festa. Mas em outros precisei ser a mãe profissional. Fui aquela mãe possível fazendo o que era melhor naquele momento e sem culpa.
Dia desses comentava com o meu marido que a nossa régua acaba ficando sempre muito além do que a gente pode oferecer quando na verdade ela tem tudo.
Eu nunca tinha vivido “férias escolares” tão intensas, porque em anos anteriores eu pude contar com o curso de férias da antiga escola.
Ah temos esse detalhe importante neste 2024: uma mudança de escola.
Maitê sempre frequentou a mesma escolinha desde os 7 meses e agora finalizou o ensino infantil. É a nossa vez de chegar no primeiro ano do ensino fundamental, muitas mudanças, escola nova e é claro que tudo isso também mexe com a família.
Conversei com tantas amigas que também são mães nestes primeiros meses do ano e TODAS se diziam descabeladas com tanta energia e a necessidade de buscar coisas para fazer todos os dias – deve ser o que aconteceu na sua casa também.
Mas sem desmerecer esse cansaço genuíno e tão cruel vivido pelas mães, já fez as contas de quantos anos nos resta na companhia deles por 24h ou mais? Rs…
Daqui a pouco anos serão novos desafios e ela não vai mais precisar da sua colherada na hora do almoço, da sua ajuda para passar o protetor na hora de ir para piscina, pentear o cabelo. E talvez não peça mais seu chá com bolo de chocolate (aqui tenho as minhas dúvidas). O fato é que a infância dura pouco, muito pouco.
Os filhos vão crescendo escancaradamente diante dos nossos olhos e já bate uma saudade. Então, tenho me policiado mesmo na hora do cansaço. Aquele momento em que eu peço forças e agradeço ao mesmo tempo, sabe?
A vida nos presenteia todos os dias com uma criança em casa. É um olhar diferente sobre as coisas, uma novidade a todo instante e o que a gente pode fazer?
Aproveitar ao máximo cada hora vivida com eles, mesmo cansada, se cobrando, aproveite. Assim, com o passar dos anos, quando nós e eles pudermos acessar a nossa caixinha de memórias, tenho certeza de que iremos lembrar de tudo que foi bom, porque no final das contas, é o que faz a vida valer a pena.
Bora começar a semana? Porque a gente pisca e eles crescem!